PM é indiciado por tentativa de homicídio após atirar em civis.

PM é indiciado por tentativa de homicídio após atirar em civis

PM é indiciado por tentativa de homicídio após atirar em civis

A Polícia Civil indiciou o cabo da Polícia Militar Samuel Cabral de Oliveira, de 30 anos, por dupla tentativa de homicídio doloso. No dia 20 de novembro, ele atirou em dois policiais civis depois de confundi-los com ladrões, no bairro Juliana, na região de Venda Nova, em Belo Horizonte. 

De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), preso em flagrante, o militar aguardava a conclusão das investigações detido no 1º Batalhão da Polícia Militar (BPM), para onde foi levado após o fim dos depoimentos dos envolvidos, mas conseguiu um habeas corpus, na semana passada. 
 

Relembre o caso

Os policiais Marcelo Batista Bento, de 31 anos, e Marcelo Gonçalves Ferreira, de 32, são lotados em Vespasiano, na região metropolitana, e investigavam o tráfico de droga na região quando abordaram um motoqueiro em atitude suspeita. “Os dois se identificaram como policiais e pediram os documentos do suspeito”, revelou uma testemunha, que pediu anonimato.

Durante a ação, a dona de uma papelaria teria entendido que se tratava de um assalto e avisou o marido, o cabo Samuel Cabral, 30, lotado no 49º Batalhão da Polícia Militar.  “Ele (PM) estava levando água para a mulher e, ao ver os homens armados, voltou para casa, pegou o revólver. Nisso, eu só escutei os tiros, vindo de um lado e de outro. Ele não sabia que ali estavam policiais, e  também se identificou como um PM. O que aconteceu foi uma fatalidade", afirmou a mãe do cabo, Geralda Cabral, 59, que presenciou a cena.

Apesar da fala da mulher, não foi esclarecido se o militar se identificou como PM antes de atirar, pois os policiais civis baleados, e também o motoqueiro, afirmaram em depoimento que foram surpreendidos pelos tiros sem qualquer menção de que o homem fosse um militar. Os civis ainda garantiram que só revidaram aos tiros depois de terem sido atingidos.

No tiroteio, foram efetuados pelo menos 30 disparos, sendo que muitos atingiram o carro descaracterizado da Polícia Civil. Feridos, os dois agentes foram socorridos e levados para o Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova. Eles não correm o risco de morrer.

Fonte: O Tempo