Nova fraude do cartão de débito na mira da Polícia Civil
Uma nova prática de crime está deixando em alerta os usuários de cartão de débito em Belo Horizonte e região metropolitana. Comerciantes golpistas aproveitam a distração dos clientes e, com a mão, tampam o visor da máquina que realiza a transação do pagamento. Sem perceber que o valor da compra não foi digitado, o cliente digita a senha e expõe a combinação. De posse dos números, os estelionatários clonam o cartão da vítima.
A prática, de acordo com o chefe do Departamento de Investigação de Crimes contra o Patrimônio, Islande Batista, está substituindo o chupa-cabra – modalidade em que o criminoso instala uma câmera no caixa eletrônico do banco para captar os dados dos correntistas. “As ocorrências desse crime do cartão de crédito estão crescendo. O que percebemos é que as quadrilhas estão se especializando cada vez mais. Por isso, é preciso ficar atento”, disse.
A Polícia Civil ainda não tem dados de quantas ocorrências foram registradas sobre o novo golpe nos últimos meses. No entanto, já investiga o crescimento da prática na capital.
Ainda segundo o delegado, o crime é cometido especialmente em casas noturnas, restaurantes e boates. “O golpista troca o cartão do cliente e ele só percebe quando vai usá-lo de novo”, explicou.
Para o presidente da Associação de Bares e Restaurantes de Minas Gerais (Abrasel), Fernando Júnior, a prática ainda é desconhecida pelos comerciantes do setor. “Não temos registros de que os clientes estejam sofrendo esse golpe, mas as pessoas devem ficar atentas”, disse.
Entenda o crime
O cliente faz a compra e, no momento do pagamento, o golpista simula que digitou o valor na máquina.
O criminoso tampa o visor do equipamento e a vítima, sem perceber, expõe os números da senha no local do valor da compra.
Após o procedimento, o estelionatário clona o cartão do cliente e passa a usá-lo para acessar a conta bancária do correntista.