Mais dirtorções sobre a integração: Corregedor ordenou apuração paralela de homicídio.

Mais dirtorções sobre a integração: Corregedor ordenou apuração paralela de homicídio

Os procedimentos de apuração da morte do 3º sargento Rafael Augusto dos Reis Resende, de 23 anos, do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) – assassinado durante um confronto com quatro policiais civis na madrugada de 15 de janeiro, em Esmeraldas, na Grande BH –, foram determinados por ordens verbais do corregedor-geral da PM, coronel Hebert Souto Silva.

Na segunda-feira (27), o corregedor-geral da PM admitiu que, diante da morte do militar, determinou diligências para procedimento administrativo. Ele negou que esteja realizando uma investigação paralela. “O inquérito e a investigação estão sob a responsabilidade da Polícia Civil e confio no resultado”, disse.

Embora a investigação de homicídios com instauração de inquéritos seja competência constitucional da Polícia Civil (polícia judiciária), setores de inteligência do Gate e da Corregedoria da Polícia Militar (CPM) realizam uma apuração paralela da morte militar.

O Hoje em Dia teve acesso aos documentos reservados da PM referentes aos despachos 00558.2.1/12-CPM, (12 folhas) de 19 de janeiro de 2012, e 00627.2.1/12-CPM (40 folhas), de 20 de janeiro. Os documentos revelam uma apuração bem detalhada, com qualificação (identificação) de todos os envolvidos e depoimentos semelhantes a um inquérito policial desenvolvido em uma delegacia da Civil. O incidente ocorreu no Clube Itaporã, durante um baile funk. Os policiais civis suspeitos de cometer o crime são Allan César Ribeiro, de 21 anos, o “Índio”, Alan dos Santos, 30, David Thiago Santos, 30, e Isaías Barbosa, 32. O inquérito policial está sob responsabilidade do delegado Hugo e Silva, de Belo Horizonte.

O Ministério Público de Minas Gerais informou que acompanha as investigações por intermédio da promotora Nívia Mônica da Silva, chefe da Coordenadoria de Direitos Humanos.

 

Fonte: Jornal Hoje Em Dia, 28 de fevereiro de 2012