13º salário e férias-prêmio – Zema não cumpre, mais uma vez, compromisso com os servidores públicos

26 de fevereiro de 2021

O prazo estipulado pelo Secretário de Estado de Governo, Igor Eto, durante reunião do dia 18 de fevereiro, na Cidade Administrativa, sobre o pagamento do 13º salário dos servidores públicos e pagamento das férias-prêmio, cobrados pelo Sindpol/MG e demais entidades classistas da segurança pública e os Deputados Estaduais da segurança pública, Sargento Rodrigues e Coronel Sandro, encerrou nesta quinta-feira (25/2) e a resposta que o Governador, Romeu Zema, deu, em nota oficial no portal Agência Minas, foi prometer um novo posicionamento até o dia 5 de março.

Na manhã da mesma quinta-feira, Zema levou o projeto à Assembleia Legislativa, que adequa proposta anterior de renegociação fiscal da dívida de Minas junto ao governo federal.

O levantamento do Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Estadual de Minas Gerais (Sindifisco-MG) aponta dívida estadual de mais de R$ 100 bilhões, e o pagamento de suas parcelas mensais, de cerca de R$ 500 milhões, foi suspenso pelo Supremo Tribunal Federal. A decisão foi dada, ainda no governo anterior do petista Fernando Pimentel, por conta da situação deficitária de Minas.

Segundo o presidente do Sindifisco-MG, Marco Couto, em entrevista ao portal Além do Fato, para que a adesão seja aprovada, a realidade financeira de Minas não pode melhorar. “Porque se os números melhorarem, você não consegue fazer o acordo. Então precisa manter a falta de dinheiro, salário parcelado, 13º salário atrasado, mesmo tendo dinheiro em caixa”, apontou, referindo-se às condições exigidas pelo governo federal para renegociar a dívida.

Para o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol/MG), José Maria de Paula “Cachimbinho”, a atitude do governador é uma tentativa de enganar os servidores, adiando cada vez mais seus compromissos para com a segurança pública. “Já vimos isso antes e não podemos aceitar enrolação, estamos sendo sucateados, principalmente a polícia civil que sofre com o não pagamento das férias-prêmio, que temos cobrado há muito tempo, incansavelmente.”

Segundo o assessor do Sindpol/MG Wemerson Oliveira, o policial civil trabalha com poucos recursos, convive com o estresse da profissão e, para piorar, com a falta de compromisso do Governo do Estado, que trata com descaso os servidores públicos. “Os policiais civis já estão cansados dessa ladainha do governador Romeu Zema. Ele já teve o seu tempo para mostrar que realmente assumiu a gestão do Estado para resolver os problemas, mas o que vem fazendo é sacrificar e enganar os servidores públicos, principalmente os policiais civis, que ele teve o disparate de chamar de corruptos.”, afirmou.

Fonte: Orion Teixeira – Além do Fato