O presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol/MG), José Maria de Paula “Cachimbinho”, convocou nesta terça-feira (01/06), representantes das entidades de classe da Polícia Civil de Minas Gerais para organizarem estratégias de cobranças, a serem levadas à Chefia da PCMG, sobre as principais pautas que ameaçam os direitos dos policiais civis do Estado. Dentre as reivindicações, foram abordados a férias-prêmio, reposição salarial e, principalmente, a Reforma Administrativa (PEC 32) que ameaça os direitos adquiridos pela categoria.
Dentre as entidades presentes estiveram a presidente do Sindepominas, Dra. Camili, junto do advogado Dr. Humberto, também representando a entidade, o presidente da Sindep/MG, Bruno Viegas, a presidente do AESPOL/MG, Aline Risi, o diretor da Feipol Sudeste, Wemerson Oliveira, Célio Barbosa Rodrigues representando a ASPCEMG, o vice-presidente do Sindpol/MG, Marcelo Armstrong e os diretores do Sindpol/MG, Claudio de Souza Pereira, Mário Antônio dos Santos, Geraldo Chaves Júnior e o assessor Marcelo Bambirra.
Sobre a PEC 32, o presidente enfatiza que é necessário que a categoria esteja mobilizada, neste momento, com maior ênfase a esta questão, pois é de extrema urgência que esse projeto de lei não prossiga. “Essa PEC 32 quer acabar com nossos direitos, é uma ameaça a categoria e estamos engajados às campanhas nacionais de repúdio a esta reforma administrativa e pedimos a participação de todos os servidores públicos. Estamos fadados a perder muitas conquistas adquiridas em anos de lutas sindicais”, disse o Sr. José Maria.
Outra questão muito importante é a contestação de despesas da Polícia Civil e a cobrança das férias-prêmio aos policiais civis aposentados que está mais que atrasado. “Quando falamos em férias-prêmio, há quem acredite ser uma regalia da classe, mas, na verdade, é um direito trabalhista do servidor, é um desmonte total. Existe um cronograma de pagamentos, mas não temos acesso. Precisamos pressionar o Governo para que coloque as dívidas à segurança pública em dia”, comentou o diretor da Feipol Sudeste Wemerson Oliveira.
O baixo efetivo, a falta de concursos públicos da PCMG e as complicações do plantão digital foi outro assunto muito comentado. Para o presidente do Sindep/MG, Bruno Viegas, a sobrecarga dos policiais na adaptação do plantão digital e o descaso do Governo, é um grande causador do aumento do número de suicídios na categoria. “Não temos um amparo psicológico fornecido pelo governo, além do descaso e da pressão no trabalho”, relatou Bruno Viegas.
A recomposição salarial é um grave problema que atinge todas as categorias da segurança pública. O Sindpol/MG está unido com entidades e parlamentares da área de segurança pública na reivindicação do reajuste salarial.
“Estamos juntos na campanha ‘Basta’ dos servidores públicos contra a reforma administrativa, em apoio à Emenda do deputado Léo Moraes, que resguarda os policiais civis diante da PEC 32, e na campanha nacional lançada pela Cobrapol ‘#PEC32Fede’ e é muito importante a união das entidades na elaboração de campanhas estratégicas”, ressaltou a presidente do AESPOL/MG, Aline Risi.
Diante de todos os assuntos pautados, foi elaborado um requerimento que será enviado ao Governador do Estado e à Chefia de Polícia com um prazo de 10 dias para a resposta. Acompanhe nossas redes sociais para atualizações da campanha.