O Sindpol/MG recebeu, na manhã desta quinta-feira (24), os representantes dos 176 excedentes do último concurso de investigador, aprovados em todas as etapas do certame, que ofereceu somente 30 vagas para o cargo.
A diretoria do Sindpol/MG apoia a nomeação de todos os excedentes, pois o déficit de investigadores chega a quase 50%, o que compromete o trabalho de investigação, além da sobrecarga de trabalho dos policiais civis.
Segundo o presidente do Sindpol/MG, Wemerson Oliveira, o sindicato continuará dialogando com o Chefe de Polícia Civil, Dr. Joaquim Francisco Neto e Silva acerca da nomeação dos excedentes de investigador, e que chame os demais aprovados para as próximas fases. “Convoque-os para o curso de formação, pois com o déficit de investigadores que temos já chegou ao limite, o que está levando os colegas ao adoecimento e colocando suas vidas em risco, como o fato ocorrido da Delegacia Regional de Contagem no dia 23/11, em que o Inspetor Felipe foi vítima de tentativa de homicídio por um preso que fugiu da cela e se apossou da arma de uma policial. Isso só ocorreu porque só tem quatro investigadores no plantão, e no momento dois estavam levando outros presos ao IML”, afirmou Wemerson.
O presidente do Sindpol/MG disse ainda que, com o plantão virtual, que foi instituído, em parte, para suprir a falta de pessoal, os investigadores estão fazendo as suas funções, parte das funções dos escrivães e ainda dos policiais penais, transportando presos.
“Acredito que o Chefe de Polícia e o governador Romeu Zema não querem suas mãos ‘sujas de sangue’ com a morte de policiais por falta de efetivo e excesso de serviço, como quase aconteceu com o Inspetor Felipe. Temos mais de 900 policiais civis no exercício continuado, já na iminência de se aposentarem e, lançar outro edital, sem convocar ao menos esses excedentes, vai contra tudo aquilo que o governador prega, economia, eficiência e boa governança”, enfatizou Wemerson Oliveira.