Sindpol/MG em evidência

19 de agosto de 2024

Dado foi divulgado pelo Estado ao Anuário de Segurança Pública; Sejusp alegou que houve uma alocação em outra área, mas não precisou para onde foram valores.

Enquanto os mineiros assistem atônitos à disputa entre facções de Rio e São Paulo por territórios no Estado, o governo de Minas Gerais reduziu em 53% o investimento em “informação e inteligência” policial no ano de 2023, segundo dados do Anuário de Segurança Pública 2024. O valor, que em 2022 era de R$ 47 milhões, passou para R$ 21,9 milhões no ano passado, R$ 25 milhões a menos. A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) alegou que, na verdade, houve uma “alocação de recursos em outra variável”, porém, questionada novamente para dar mais detalhes sobre qual o destino dos milhões, após mais de três semanas a pasta não se posicionou.

Presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil no Estado de Minas Gerais (Sindpol), Wemerson Oliveira, pondera que, apesar da Polícia Militar (PM) também ter seus próprios setores de inteligência, é na Polícia Civil a maior parte do investimento neste setor no Estado.

“Inteligência é diferente da investigação. Ela (inteligência) serve para tomadas de decisões durante a apuração de crimes. Para isso, a inteligência precisa estar infiltrada nas organizações criminosas, é um trabalho silencioso e que demanda um tempo para, quando preciso, passar informações cruciais para as investigações criminais”, explica.
Porém, conforme o presidente do sindicato, Minas tem hoje gargalos que são primários, como a ausência de viaturas descaracterizadas — essenciais em trabalhos “secretos”. “Os policiais precisam ficar pedindo depósito judicial de veículos apreendidos do crime. E aí vemos acontecer igual ocorreu em 2022, quando uma batida simples de trânsito tirou a vida de um policial que foi atingido por uma peça do airbag de um carro que era de bandido, que não passou por nenhuma vistoria antes de ser utilizado na rua”, completa Oliveira, lembrando da morte do investigador Alexandrino Guilherme Ferreira Júnior, de 40 anos, atingido por fragmentos metálicos após um engavetamento no viaduto Leste.

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