SINDPOL elogia e parabeniza Delegada Maria Helena da regional leste pela fidelidade no cumprimento do seu dever.
Corregedoria investiga participação de PMs em sumiço de dinheiro de assalto.
A Corregedoria da Polícia Militar de Minas abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar um suposto desaparecimento de um dinheiro apreendido em uma ocorrência de assalto a um posto de combustível, na madrugada dessa segunda-feira, no Bairro Floresta, na Região Leste de Belo Horizonte. Oito, dos 38 policiais envolvidos na ação que resultou na prisão dos dois suspeitos pelo furto de R$ 3.100, estão sendo investigados. Na entrega do boletim de ocorrência à Polícia Civil, os militares do 16º Batalhão da PM teriam anexado um ofício, informando a recuperação de apenas R$ 806,80.
A Ouvidoria Geral de Polícia do Estado acompanha o caso. Segundo o ouvidor Paulo Alkimin, o comandante do 16º Batalhão, tenente coronel Eduardo Lucas de Almeida, foi quem fez a comunicação sobre o fato, mas a suspeita do desaparecimento de R$ 2.293,20 foi levantada pela delegada Maria Helena Rezende, da Delegacia Regional Leste. Foi ela quem teria recebido o boletim de ocorrência dos militares responsáveis pelo registro do documento. A delegada teria questionado os policiais sobre a prisão dos suspeitos e o fato de não haver informação sobre o valor recuperado.
“A informação que recebemos é que somente após o questionamento da delegada é que os policiais providenciaram o ofício informando a apreensão dos R$ 800 com os suspeitos. Porém, ela alegou ter ouvido as testemunhas, que confirmaram o roubo de R$ 3.100 e resolveu comunicar o caso ao comandante do 16º Batalhão. De imediato, o oficial acionou a Corregedoria da PM”, disse o ouvidor. Ainda segundo ele, após a suspeita do desaparecimento do dinheiro ter sido levantada, os oitos policiais foram detidos, prestaram depoimento e depois foram liberados. O ouvidor informou que o prazo para a conclusão o IPM é de 40 dias.
A reportagem conversou com o tenente coronel Eduardo Lucas de Almeida, e ele afirmou que os militares foram detidos e prestaram depoimento, por lesão corporal, pelo fato de um dos suspeitos do assalto ter sido baleado durante a operação e não pela suspeita do desaparecimento do dinheiro. De acordo com o oficial, o acionamento da Corregedoria é um procedimento normal, para que sejam esclarecidas as dúvidas levantadas. “Os pms erraram porque não citaram no BO a apreensão dos R$ 800 no momento da prisão. Porém, o fato já havia sido informado aos policiais civis que estavam no plantão”, disse o tenente coronel.
Conforme Almeida, as informações desencontradas é que geraram toda a confusão. Ao prestar depoimento o frentista do posto assaltado afirmou que estava com três envelopes, cada um deles com uma quantia em dinheiro, totalizando os R$ 3.100. Já o suspeito do assalto afirma ter levado apenas um envelope e o deixado no assoalho do veículo durante a fuga. Os policiais afirmam ter recuperado o valor informado no anexo de complemento ao boletim de ocorrência.
O assalto ocorreu por volta da meia-noite de segunda-feira, a um posto de combustível na Avenida Silviano Brandão. Após roubar o envelope com dinheiro do frentista e o celular e dinheiro de três clientes, Os suspeitos Nilson Lourenço Rodrigues, 43, e Teófilo Agenor de Assis Martins Ribeiro, 26, fugiram em um Fiat Tempra.
Houve perseguição, troca de tiros e a PM montou um cerco contra a dupla na MG-05, altura do Bairro Goiânia, Região Nordeste de BH, sendo utilizado inclusive um helicoptero. Os dois bateram o veículo contra uma viatura. Rodrigues sofreu escoriações, mas se recusou a receber atendimento. Ele foi preso e levado para delegacia. Já Rodrigues, tomou um tiro no pé e outro na perna, e ficou internado sob escolta policial no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII (HPS).
Fonte: Jornal Estado de Minas – on-line
Disponível em: 22/06/2011 – 19:45
Link: http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2011/06/21/interna_gerais,235408/corregedoria-investiga-participacao-de-pms-em-sumico-de-dinheiro-de-assalto.shtml.