O Sindpol/MG recebeu e está apurando denúncias graves de assédio institucional e punições ilegais impostas a policiais civis que adoeceram em serviço. Segundo relatos enviados ao sindicato, servidores estão sendo pressionados psicologicamente por chefias, obrigados a cobrir plantões de última hora, cumprir escalas de sobreaviso sem aviso prévio e, quando adoecem, são ameaçados de ter que “pagar” pelos dias afastados — mesmo com atestado médico.
“Isso não é gestão eficiente. É punição disfarçada. É um completo absurdo o policial civil ser penalizado por ficar doente, quando já trabalha no limite da exaustão”, afirmou o presidente do Sindpol-MG, Wemerson Oliveira.
A situação ocorre em um cenário já crítico. A categoria enfrenta falta de efetivo, estrutura precária, carga de trabalho excessiva e o quarto pior salário do Brasil. Como reflexo desse abandono, Minas Gerais é hoje o terceiro estado do país com maior número de suicídios entre policiais civis, segundo dados do Mapa da Violência.
Os policiais relataram que, em algumas unidades, o clima é de medo e perseguição. Servidores com laudos e atestados estão sendo coagidos a retornar ao trabalho antes do tempo, ou ameaçados de ter os dias “compensados” posteriormente — uma prática abusiva e ilegal.
“O policial civil não é culpado por adoecer. Ele é vítima de um sistema que o coloca no limite todos os dias. Não vamos aceitar esse tipo de prática. Polícia Civil se faz com respeito e dignidade”, reforça Wemerson.
O Sindpol-MG já está tomando as medidas cabíveis, incluindo o envio de ofícios às autoridades competentes, denúncias formais à Corregedoria e ao Ministério Público, e a oferta de apoio jurídico aos policiais afetados.
O sindicato reforça que assédio institucional é crime e orienta que todos os servidores que estiverem sofrendo esse tipo de pressão procurem o Sindpol imediatamente. A identidade dos denunciantes será preservada.
📞 Canal de denúncia: (31) 98754-9041
📧 ou pelo e-mail: [email protected]