Sindicato da polícia denuncia paiol de armas em condições precárias em BH
Após o roubo de 45 armas da Central de Escoltas de Ribeirão das Neves, nesta última segunda-feira (24), a reportagem do MGTV 1ª Edição teve acesso a uma denúncia do Sindicato da Polícia Civil de Minas Gerais, datada de 2010, que mostra um paiol de armas, munições e explosivos em instalações precárias e improvisadas em Belo Horizonte. O sindicato denuncia que, desde 2010, nenhuma atitude de segurança foi tomada pelo comando da Polícia Civil, e o local, na Gameleira, Região Oeste da capital, oferece risco para os agentes e para a população que mora no entorno, apesar do pedido de transferência para um local seguro.
De acordo com o sindicato, à época da denúncia, o local tinha mais de mil fuzis e pistolas, centenas de granadas e containers de munição, além de dinamite e outros explosivos. Este paiol, segundo o órgão, é o segundo maior do estado. No documento, consta que os agentes tinham que conviver com o risco iminente de explosão causado pelo armazenamento inadequado de explosivos, em um galpão com telhado de zinco e sem refrigeração adequada.
Segundo o vice-presidente do sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, Antônio Marcos Pereira, a situação do local continua preocupante. “Nada foi mudado e nós estamos sendo incitados a semana toda por parte de policiais que pediram ao sindicato que denunciasse isso mais uma vez, que a chefia de polícia procure o governo, urgentemente, e que mude aquela estrutura de lá [paiol]", disse.
A situação era mais crítica por não haver, no local, a presença de extintores de incêndio. Também foram encaminhadas, ao chefe da Polícia Civil na ocasião, fotos tiradas do local à época da denuncia. O sindicato alegava que os servidores se submetiam às condições precárias de higiene e salubridade.
Agora, o sindicato diz que o paiol tem um armamento ainda maior, com menos agentes trabalhando no local, e a mesma estrutura sem segurança.
De acordo com Jeferson Botelho, superintendente de Investigações e Polícia Judiciária da Polícia Civil, o número de armas guardadas no paiol, em Belo Horizonte, é pequeno e elas são retiradas com frequência para uso dos agentes.
O superintendente garantiu que há segurança no local, tanto para os policiais em serviço, quanto para a comunidade da vizinhança. Ainda segundo ele, já foi aberta licitação para a construção de um prédio para transferência do depósito de armas. A obra deve começar no segundo semestre deste ano e a entrega está prevista para o ano que vem.
Fonte: G1