Em menos de duas semanas de investigações acerca de denúncia de suspeita de pedofilia, reportada por organização não governamental (ONG) americana, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) chegou à identificação de um homem, de 47 anos, que foi preso em flagrante, nessa terça-feira (11), durante cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência dele, em Contagem, Região Metropolitana de BH. No imóvel, os policiais civis localizaram expressiva quantidade de material pornográfico infantojuvenil.
De acordo com a Polícia Civil, o trabalho foi desempenhado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) em Contagem, unidade responsável pela investigação, o rastreamento do investigado partiu de um armazenamento de imagens. “Nos Estados Unidos, existe uma lei que obriga os provedores de internet a reportarem qualquer tipo de suspeita de exploração sexual envolvendo crianças e adolescentes. O provedor informou à ONG que havia material armazenado vinculado a um servidor localizado em Contagem. E a organização passou a notícia para a Polícia Federal, que nos acionou”, descreveu a Instituição.
A Polícia Civil informa que, de imediato, a PCMG representou à Justiça pelo mandado de busca e apreensão. “As fotos que foram enviadas dos Estados Unidos, em sua grande maioria, são de bebês de colo. Já na casa do investigado, os policiais civis encontraram fotos pornográficas de crianças e adolescentes. Inclusive, na residência, foi apreendida uma quantidade boa de roupas novas de bebê. Ele não soube explicar para quê isso; falou que iria doar, mas que depois desistiu”, conta.
Autuação
O homem foi autuado pelo crime previsto no artigo 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (“Adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente”), e encaminhado ao sistema prisional. De acordo com a Polícia Civil, em depoimento, o suspeito afirmou que, de fato, recebeu as imagens e não as excluiu. “Ele estava muito preocupado, a todo momento, em dizer que não estuprou, não colocou a mão em ninguém, como se ter as fotos não fosse um ato criminoso”, pontua.
Em rápida análise do material apreendido, foi possível ver conversas do investigado, em aplicativo de mensagens e rede social, solicitando imagens de crianças nuas a mães e outras pessoas que tinham crianças em fotos de perfil. “As investigações continuarão. Foi um amplo material apreendido, conseguimos analisar uma parte e todo o restante será periciado. Novas imagens vão surgir”, concluiu a Instituição.
Repressão
A Polícia Civil destaca que essa foi a segunda prisão, em menos de um ano, no município, pelo mesmo meio de notificação. “No fim de 2021, a equipe da 1ª Delegacia de Polícia Civil em Contagem também chegou a um indivíduo que praticava crime semelhante. Estamos aqui realmente fechando o cerco e atuando de forma bastante combativa para evitar e, ao menos, reprimir essas ações criminosas”.
O Sindpol/MG parabeniza o trabalho investigativo dos policiais civis neste caso, sobretudo dos investigadores de polícia, que estão fechando o cerco e reprimindo essas ações criminosas.
Fonte: Ascom PCMG, com modificações