Um investigador da Polícia Civil em Contagem foi baleado durante uma abordagem a um traficante e homicida na última sexta-feira (12/09), em Contagem. O caso escancara o abandono da Polícia Civil de Minas Gerais pelo governo Romeu Zema.
Além do investigador, um policial militar também foi atingido na ação. O bandido morreu depois baleado. No entanto, tanto o policial civil e o militar arriscavam a vida em condições precárias, sem estrutura mínima de segurança.
O episódio mostrou, mais uma vez, a fragilidade da instituição. O investigador precisou pedir apoio aos colegas por um grupo de WhatsApp no celular pessoal, já que as viaturas não possuem rádio de comunicação.
Esse fato revela a falta de investimentos em tecnologia e segurança para os policiais civis, que ficam cada vez mais vulneráveis diante do crime organizado.
Casos como o de Contagem não são isolados. Os criminosos estão cada vez mais ousados, reagindo às prisões e enfrentando a polícia.
A falta de efetivo e a precariedade das delegacias permitem que facções criminosas, como PCC e Comando Vermelho, avancem em Minas Gerais — algo que não se via há poucos anos.
Enquanto os índices de criminalidade crescem, o governador Romeu Zema insiste em dizer que a violência está em queda. A verdade é outra: os bandidos estão fortalecidos e a Polícia Civil está enfraquecida.
Delegacias funcionam com efetivo reduzido, viaturas não têm condições adequadas e os policiais trabalham sem valorização, com salários congelados há anos.
O Sindpol/MG reforça seu compromisso em fiscalizar, denunciar e cobrar investimentos para que a Polícia Civil em Contagem e em todo o estado receba a valorização e a estrutura que merece.
A sociedade mineira só terá segurança real com uma Polícia Civil forte, equipada e respeitada.