Conforme deliberação da Confederação Brasileira dos Trabalhadores de Policiais Civis (Cobrapol), a diretoria do Sindpol/MG, juntamente com alguns filiados e simpatizantes, se reuniram em protesto na Praça Sete, em Belo Horizonte, na manhã dessa quarta-feira (13/04), com faixas, cartazes com palavras de ordem e recolhendo assinaturas para o abaixo-assinado repudiando o PLC 257/16, que é um verdadeiro retrocesso nas conquistas e direitos dos servidores públicos em todo o país.
As Polícias Civis em todo o Brasil paralisaram parcialmente os seus serviços de meia-noite até o meio-dia de hoje para pressionar o Governo Federal pela não aprovação do PLC 257/16. A medida foi uma reação e resposta imediata da Cobrapol, na qual o Sindpol/MG é filiado, após a sua direção tomar conhecimento, no dia 23/03, da tramitação desse projeto nefasto, resultado da iniciativa dos governadores de Estado e de técnicos do Ministério da Fazenda do Governo Federal, que em dezembro de 2015, reclamaram das finanças estaduais e dos reflexos da crise econômica nos Estados, criando uma forma de ferramenta para reduzir na marra os gastos com a folha de pagamento e custeio da máquina estatal, uma verdadeira afronta à Constituição Federal e direitos e garantias fundamentais, adquiridos do funcionalismo público.
Segundo o presidente do Sindpol/MG Antônio Marcos Pereira (Toninho “Pipoco”), é importante que não só a categoria da Polícia Civil, mas todo funcionalismo público e a sociedade civil organizada, que necessita e depende dos serviços do Estado (saúde, segurança, educação, fisco etc.), protestem e se manifestem de forma radical contra mais essa manobra da classe política que querem descontar no ombro e no bolso do trabalhador, o resultado desastroso das práticas politiqueiras permeadas de desvio de finalidade e corrupção. É inconcebível que o trabalhador pague sozinho essa conta, abrindo mão de direitos essenciais para a sua sobrevivência.
Esse manifesto de hoje é mais que uma sinalização é uma demonstração do que pode acontecer se os governantes e o Congresso Nacional aprovarem essa matéria. Antes de mexerem com os direitos do trabalhador, a classe política deveria se preocupar e antever a aprovação de uma reforma tributária justa e equânime com taxação sob as grandes fortunas, bem como da atividade lucrativa dos banqueiros, que inviabilizam a produção e incentiva a especulação e ainda uma reforma política verdadeira, democrática e de um combate mais vigoroso à corrupção, isso sim resolveria e muito e a passos largos a grave crise política e econômica que vem atravessando o nosso país, ponderou o presidente.