Hoje, dia 28 de outubro, dia reservado a reflexão de todos aqueles que labutam para fazer a máquina pública andar, devolvendo em serviços públicos essenciais à sociedade, temos uma das mais altas cargas tributárias do planeta, que também sobre esses servidores recai.
Neste ano de 2016, a nossa classe de servidor público, em geral, tem padecido com os reflexos de uma agenda destrutiva proposta por uma configuração conservadora do Governo Federal e de um governo voraz, que para tentar equilibrar e resgatar os erros de uma gestão desastrosa. Da qual ele também fez e faz parte, tenta sobrepesar nas costas dos servidores o ônus de um déficit estatal, que tem gerado pobreza, miséria e desemprego.
É neste ano de 2016, que os servidores públicos de todo o país, ganharam de presente, na véspera em que se comemora o seu dia, a autorização do STF para corte dos dias parados em greve, deixando bem claro, que a greve, é um derradeiro recurso dos trabalhadores quando não são atendidos pelos patrões em suas justas e dignas reivindicações. Foi também nessa semana, que os funcionários públicos, em nosso país, tiveram aprovada, na Câmara Federal, por maioria esmagadora dos deputados, a PEC 241 do Governo Federal, que dentre outras medidas de cortes, “não só na carne, mas no osso do cadáver”, em sepulto da Administração Pública, visa também congelar salários, promoções, progressões, direitos adquiridos e inclusive, concurso público, para reposições necessárias. Nessa mesma esteira já estão sendo anunciadas as reformas da Previdência, Trabalhista e Sindical, aonde mais uma vez, e dessa forma muito mais voraz, e sem piedade, o Governo Federal tenta precarizar, ainda mais, os direitos sagrados da classe trabalhadora, como aposentadoria, paridade, integralidade, a proteção trabalhista através da CLT e a organização sindical. Aqui no Estado de Minas, o estado de sucateamento é quase que total, temos um governo paralisado, acuado em meio a denúncias e ameaças de afastamento, as finanças públicas desorganizadas, com um rombo astronômico, deixado pela gestão anterior e não superado pela atual; temos salários atrasados e parcelados, e ameaça de não recebimento do 13º salário, causa desespero para as nossas famílias de trabalhadores. É o fim, se nenhuma intervenção humana, ou divina acontecer.
Em meio a todo esse cenário, tão desastroso e desesperador para o conjunto do funcionalismo e da classe trabalhadora em geral, rumores de um levante popular e trabalhista rondam os corredores da República, como já ocorreu em tempos passados, antes da atual ordem Constitucional. É preciso que o Governo reflita sobre o risco que corre a ordem, a paz social e a democracia, diante de um “tranco e cavalo de pau tão forte” que o mesmo vem tentando implementar na organização da sociedade.
A classe trabalhadora, em especial o funcionalismo público, não podem e não vão aceitar serem os vilões dessa história, e pagarem por todos os “pecados” de uma aventura política e desastrosa, protagonizada pelo desgoverno que está instalado nesse país.
Nós da classe policial e Operadores de Segurança Pública, assim como os demais servidores públicos, somos ignorados e enxotados pelo Governo, e isso terá uma resposta. Por isso, mais do que nunca, nesse dia 28 de outubro, necessário se faz, que mais uma vez, nos unamos, e nos organizemos, para um duro combate de enfrentamento, que deveremos ter pela frente.
Vamos à luta! E que Deus nos ajude.