O Sindpol/MG, ontem (9), fez uma crítica em cima da nota publicada, na coluna de Luiz Tito, no jornal O Tempo, sobre um corpo em avançado estado de decomposição na Delegacia de Nanuque. Hoje (10), a coluna destacou que errou, pois a própria Polícia Civil reagiu para dizer que se tratava de uma ossada humana, e não de um corpo em estado de putrefação; e não está lá há alguns dias, mas há quase um ano.
O Sindpol/MG, inclusive, também lamenta, porque isso mostra e reforça ainda mais o sucateamento da nossa Instituição, esta ossada está lá há um ano, com a investigação parada ou sem investigação, conforme até o colunista pondera.
Como dissemos ontem, há um marketing pessoal do governador Romeu Zema ao mostrar uma Minas Gerais que só existe em suas redes sociais e nas propagandas da TV, querem conhecer a Segurança Pública da vida real? Visitem as Unidades de Polícia Civil da capital, Região Metropolitana de BH e do interior do Estado.
“Já denunciamos e vamos continuar denunciando o sucateamento das unidades da Polícia Civil de Minas. Infelizmente o governador Romeu Zema ignora, pois está mais preocupado em se auto promover do que governar”, afirmou Wemerson Oliveira, assessor do Sindpol/MG.
O Sindpol/MG pondera também um trecho da nota da Polícia Civil de Minas Gerais, que diz que _…foram instaurados inquérito policial e sindicância administrativa…_, uma clara pressão aos policiais civis da delegacia de Nanuque, sem ao menos saberem se de fato foram os policiais civis que informaram sobre a situação ou a população local, que vendo aquilo, fotografaram e encaminharam ao jornal O Tempo. A Instituição deve resguardar por boas condições de trabalho aos policiais civis. Caso os policiais civis de Nanuque, e demais regiões do Estado, comecem a ser perseguidos por seus superiores, orientamos que procure o Sindpol/MG imediatamente, para que as providências cabíveis sejam tomadas.
“É muito mais fácil pressionar o policial civil, querer cala-lo, do que resolver o grave problema que enfrentamos, como delegacias caindo aos pedaços, trabalhamos, muitas vezes, em locais sub-humanos, falta materiais básicos para a execução de nossos trabalhos em diversas unidades da Polícia Civil, conforme o Sindpol/MG vem denunciando. É vergonhosa uma ossada humana estar há quase um ano em uma unidade da Polícia Civil, familiares podem estar a procura de seu ente querido desaparecido”, disse Wemerson Oliveira.
