Operação Paste Stuck mira golpe em venda de CNH em Ipatinga

1 de dezembro de 2021

Nesta quarta-feira (1), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) cumpriu cinco mandados de busca e apreensão referentes à investigação sobre um golpe, denominado “se colar colou”, que vem sendo aplicado por alguns instrutores na região de Ipatinga, no Rio Doce.

O instrutor aborda o aluno do centro de formação de condutores e oferece a venda da carteira de habilitação, insinuando conluio com examinadores de trânsito. Após o pagamento ao instrutor, o exame é marcado. Havendo a aprovação do candidato por mérito próprio, o instrutor fica com o dinheiro e reitera ao aluno que a negociação foi bem sucedida. Por outro lado, quando o candidato é reprovado, o instrutor alega que o acordo seria com outro examinador, justificando a reprovação. Ao tentar fazer novo acordo, o instrutor, muitas das vezes, retêm o valor já recebido.

Nesse golpe, não há participação de funcionário público. Esse tipo de crime, popularmente conhecido como “venda da fumaça”, está previsto no artigo 332 do Código Penal Brasileiro, com pena de 2 a 5 anos de reclusão.

Em alguns casos, conforme apontam as investigações, os alunos teriam deixado valores com instrutores por quatro ou cinco vezes, aguardando a aprovação. “O golpe conta com o receio do aluno em denunciar, visto que o instrutor, em uma das pontas, toma essa atitude sabendo que a facilitação não existe, mas aguarda que não haverá questionamento por parte do aluno junto ao examinador de trânsito, aquele com autoridade para aprovar ou reprovar. Em raríssimas vezes, esse questionamento ocorre, e foi justamente o que provocou o início da operação policial”, explica a Polícia Civil Regional de Ipatinga.

O Sindpol/MG contempla a ação dos policiais do 12º Departamento de Polícia Civil em Ipatinga pela brilhante atuação nas investigações e orientamos àqueles que tenham repassado valores para instrutores de centro de formação de condutores com a promessa de aprovação, procurem a polícia civil, tendo sido aprovados ou não.

Fonte: ASCOM-PCMG, com modificações.