Ocupação Barreiro: Estado não elabora políticas públicas efetivas de moradia e desguarnece capital deslocando efetivo gigantesco da Polícia.

Ocupação Barreiro: Estado não elabora políticas públicas efetivas de moradia e desguarnece capital deslocando efetivo gigantesco da Polícia

O presidente Denílson Martins e o vice-presidente Toninho Pipoco, a pedido de lideranças do Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas, compareceram à ocupação Eliana Silva, no Barreiro, após a notícia de que ordem de despejo para as 350 famílias que se alojaram no terreno.

No dia em que a Presidente da República visita o Estado para a entrega de casas em Betim, a Prefeitura de Belo Horizonte aciona a justiça, que emite ordem de despejo de centenas de famílias que ocupam o terreno no Barreiro desde o dia 21 de abril.

Ao chegar às imediações do território os sindicalistas ficaram impressionados com tamanho efetivo da Polícia Militar, cerca de 400 policias e dezenas de viaturas e ônibus da corporação estavam no local, impedindo inclusive o acesso da imprensa de se aproximarem do alojamento. Impressionante como o Estado, que pouco ou nada faz para a promoção de políticas públicas como a reforma agrária tem o disparate deslocar centenas de policiais militares que deveriam estar atuando no combate e enfrentamento qualificado do crime para atividades desta natureza. Agindo assim o Estado somente gera um desgaste à figura da Polícia, que é vista como algoz, quando na verdade é o Governo quem não está sabendo gerenciar a situação. Em conversa com diversos militares no local, estes se diziam constrangidos em estarem no local no enfrentamento a mulheres, crianças e jovens cujo único “delito” é lutar por moradia.

O Estado deveria privilegiar o enfrentamento a traficantes, assaltantes de cargas de caminhão, máquinas caça-níqueis e diversos outros crimes que a cada dia ganham maior repercussão e dimensão, ao contrário, ele desprivilegia o cidadão privando-o do policiamento qualificado da Polícia Militar.

O SINDPOL/MG na condição de entidade classista deseja que o conflito seja resolvido da melhor forma possível e que Estado e Município repensem as políticas públicas no tocante à moradia.