Na terça-feira (26/07), o assessor chefe de relações sindicais, que coordena os grupos de trabalho, Carlos Calazans esteve na sede do Sindpol/MG para uma reunião com a diretoria e lideranças da categoria. O mesmo veio oficialmente em nome do Governo e propôs alternativas de negociação e recomposição das reivindicações do Sindpol/MG, inclusive com a criação de um estudo exclusivo da pauta do sindicato, para médio prazo, iniciando na segunda quinzena de agosto/2016.
Calazans esclareceu que, o Governo está preocupado em atender a categoria representada pelo Sindpol/MG e viu com apreensão o afastamento da representação sindical do grupo de trabalho. Acrescentou ainda, que o Governo reconhece a legitimidade e importância do Sindpol/MG em defesa da Polícia Civil e da segurança pública, e em razão do histórico de lutas e conquistas da categoria, através do sindicato, não seria admissível qualquer medida ou alteração na pasta que não pudesse contar com a participação e o acúmulo de experiência do Sindpol/MG. Disse também, que a equipe técnica do Governo e em especial da Seplag, já está “debruçada” buscando uma forma de atendimento. E avaliando o cenário macroeconômico, disse que, o mesmo já dá sinais de reação e que a médio prazo o Governo poderá retomar o seu cronograma de investimentos, e por isso, é importante a compreensão e participação efetiva das entidades de classe, que têm papel importante como o Sindpol/MG.
O presidente Antônio Marcos agradeceu a visita e o gesto republicano do Governo em enviar um representante para tentar buscar uma solução nesse “imbróglio” que se tornou a segurança pública, as promessas não cumpridas do governador e a justa reivindicação da categoria por valorização, modernização e investimento, pois, a Polícia Civil foi a instituição que mais sofreu com o sucateamento e abandono governamental, por sucessivas administrações. E reforçou que, a razão do afastamento do Sindpol/MG daquele grupo de trabalho foi devido a interferência impositiva de outras pautas que não estão na agenda defendida pelo sindicato, assim, não fazia sentido persistir naquela metodologia, pois, não agradaria e atenderia as reivindicações da carreira, em especial os investigadores. “Se o Governo quiser oferecer um espaço efetivo e que apresente resultados de negociação específica com o Sindpol/MG, pode ser possível que a direção do sindicato retome as negociações, mas, somente em cima da pauta e da agenda já apresentada exaustivamente pela categoria, que é a readequação da matriz remuneratória dos investigadores com os peritos e legistas, cargos de 3º grau, somadas as demais premissas já contidas na pauta”, disse Antônio Marcos.
A direção avalia que não pode perder tempo nessa discussão com outros temas paralelos e rebatidos já conquistados em lutas passadas, dependentes apenas de regulamentação. Os dirigentes afirmaram que não podem e não vão abrir mão da agenda e pauta de readequação, e que se o Governo Pimentel realmente quiser e fizer, será um divisor de águas para sua gestão, além de ser uma conquista histórica para o povo de Minas Gerais, assim como foi a implantação do piso nacional de educação para os professores, mérito dele.
Antônio Marcos entregou, mais uma vez, o anteprojeto de lei e sua respectiva justificativa, de autoria do Sindpol/MG e apresentado ao líder do governo, deputado Durval Ângelo, em dezembro/2014, e que se encontra parado até hoje na casa legislativa. O dirigente sindical também apresentou projetos e leis aprovadas em outros estados que tratam da mesma matéria, “equiparação salarial” entre os cargos de base de 3º grau: Sergipe, Amazonas, Tocantins, e em especial o projeto de autoria do deputado Rui Falcão, do Estado de São Paulo, que inclusive é presidente do PT Nacional, ou seja, justificativas não faltam para que o Governo Pimentel reassuma o seu compromisso com a Polícia Civil e hasteei novamente a bandeira de valorização da nossa instituição e da segurança pública.
O assessor especial do Governo firmou o compromisso de levar o diagnóstico da reunião ao secretário de planejamento e gestão e ao próprio governador Pimentel e retornar, o mais breve possível, com uma nova posição para a direção do sindicato.