O Sindpol/MG vem a público declarar que sempre defendeu uma polícia republicana, primada pelos princípios da legalidade e da moralidade, entretanto repugnamos essa nova ação perpetuada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), de Uberlândia, na 7ª fase da Operação Fênix, onde três policiais civis foram alvos de mandados de prisão, de busca e apreensão em seus locais de trabalho, e em suas residências.
Conforme informado pelos policiais civis custodiados na Casa do Policial Civil, em BH, um simples relato de um criminoso contumaz cumprindo pena na Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC) da região, que foi investigado pelos próprios policiais civis da cidade de Patrocínio-MG, no qual ensejou a 7ª fase da Operação Fênix, acarretou na prisão dos mesmos. Cumpre ressaltar que é de praxe criminosos agindo por sentimento de vingança, tentando se isentarem de suas ações criminosas, imputam crimes, criam situações folclóricas a autoridades que fazem controle da atividade policial.
Ainda de acordo com esses policiais, no presente caso, todas as referidas ações de investigações, praticadas pelos mesmos, foram realizadas dentro da lei e devidamente relatadas, mediante ofício aos seus superiores hierárquicos, fato esse desconsiderado no caso em questão.
Nos causa perplexidade é que, mesmo após a Audiência Pública, no dia 24 de maio de 2018, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), para tratar das ações do Gaeco de Uberlândia, onde estiveram presentes representantes da Cúpula do Ministério Público e da Polícia Civil, dos Poderes Judiciário e do Legislativo, ocasião em que ficou pactuado que a partir daquela data não se permitiria atos reiterados dessa natureza. Mas na 7ª fase da Operação Fênix, realizada ontem (24/07), o cumprimento dos mandados de prisão em desfavor dos mesmos, nos quais foram relatados a direção do Sindpol/MG, pelos próprios policiais alvos da Operação, quem cumpriu mais uma vez os mandados de prisões foi a Polícia Militar da região, demonstrando claramente a falta de respeito com a Polícia Civil, onde já havia sido determinado pelos participantes da referida Audiência Pública, que qualquer ato praticado contra policiais civis para apurações de supostos desvios seria acompanhado pela Corregedoria-Geral da PCMG, constados em notas taquigráficas daquela Casa. Fato este que infelizmente não ocorreu mais uma vez, conforme relatado pelos policiais alvos da Operação, ficando evidenciado, ao nosso entender, mais uma vez, um verdadeiro desrespeito à Polícia Civil de Minas Gerais.
O Sindpol/MG, através de seu departamento jurídico, está acompanhando o trâmite processual dessa nova fase da Operação Fênix, arguindo os direitos Constitucionais dos policiais civis, resguardando assim a sua ampla defesa e o contraditório.
À direção sindical.