Mais um abuso absurdo e bizarro

Mais um abuso absurdo e bizarro Enquanto Governo Federal e Estaduais batem cabeça o crime e a barbárie grassam no país. Ladrões ateiam fogo e matam dentista em seu consultório Durante o crime, paciente ficou vendada e ouviu gritos da vítima Ao menos três bandidos atearam fogo e mataram a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, 47, na tarde de ontem, em São Bernardo do Campo (SP). O crime aconteceu por volta das 12h30, na rua Copacabana. Os criminosos invadiram o consultório da vítima e anunciaram o assalto. Quando descobriram que a dentista tinha apenas R$ 30, atearam fogo nela ainda viva. Segundo o delegado seccional de São Bernardo, Waldomiro Bueno Filho, a dentista estava atendendo uma paciente quando os criminosos apertaram a campainha. Um dos bandidos se passou por um paciente, o que fez a vítima abrir o portão, e outros dois invadiram a casa. A paciente ficou vendada durante todo o crime e ouviu a dentista gritar pedindo para os bandidos não atearem fogo. "Atearam fogo por maldade", afirmou Bueno Filho. Ele desconfia que uma quadrilha especializada em assalto a consultórios esteja agindo na região. Vizinhos ouviram os gritos da dentista e chamaram o Corpo de Bombeiros e a polícia. Eles identificaram um carro Audi preto estacionado em frente ao consultório. Segundo testemunhas, um quarto bandido ficou o tempo todo dentro do carro. O consultório de Cinthya funcionava nos fundos de sua casa. Ela morava com os pais e uma irmã. O pai da vítima, Viriato Gomes de Souza, 70, afirmou que ela só estava sozinha porque precisava atender a paciente. Normalmente, nesse horário, ela buscaria a irmã, que tem deficiência mental, na escola. Como tinha paciente, ficou em casa enquanto os pais foram buscar a irmã. Emocionado, Viriato diz que não sabe os motivos de tamanha brutalidade. "Ela era uma pessoa boa, que não tem inimigos. Agora a gente não sabe o que vai fazer, se vai continuar morando lá", afirmou. "Espero que ninguém precise passar pela dor que eu estou passando".

Fonte: Jornal O Tempo