A precariedade da Polícia Civil de Minas Gerais voltou a ser exposta nesta semana. Durante visita à Central de Flagrantes 1 (Ceflan 1), no bairro Floresta, em Belo Horizonte, o presidente do Sindpol/MG, Wemerson Oliveira, registrou o relato de um cidadão vítima de violência que aguardava atendimento há horas devido à falta de efetivo na Polícia Civil.
O senhor Vitor Hugo contou que foi ferido a golpes de faca ainda pela manhã e, após ser encaminhado ao Hospital João XXIII, chegou à Ceflan 1 por volta das 16h. No entanto, até às 21h ainda não havia sido atendido. “A situação é precária, não tem delegado, não tem escrivão. O pessoal da escolta está acumulando funções, mas não tem efetivo suficiente para todo o trabalho”, relatou.
De acordo com Wemerson Oliveira, a unidade deveria contar com cinco investigadores, mas hoje opera com apenas três — um está de férias e outro em licença. Além disso, não há delegado nem escrivão atuando no local, já que foram deslocados para a Cidade Administrativa, onde precisam registrar ocorrências do estado inteiro.
“Infelizmente, a população é quem sofre. Mais de 100 ocorrências aguardam atendimento, enquanto cidadãos, como o Vitor Hugo, permanecem sentindo dor e sem solução. Isso é reflexo da falta de investimento do governador Romeu Zema na Polícia Civil e, consequentemente, na população mineira”, afirmou o presidente do Sindpol.
O sindicato reforça que continuará cobrando melhorias e denunciando situações que evidenciem o sucateamento da instituição, que impacta diretamente a segurança pública e o atendimento ao cidadão.