As entidades de classe da Segurança Pública realizaram uma manifestação hoje (08/01), na Cidade Administrativa, cobrando uma reunião com o governador Zema, como pauta o 13º salário e o pagamento no 5º dia útil.
Os sindicalistas, primeiramente, se reuniram na manhã de hoje, após convocação do Sindpol/MG, para traçarem estratégias de luta em relação as últimas atitudes do governo Zema. Durante a reunião ficou acertado essa manifestação, apenas das entidades de classe, como um primeiro aviso ao governador.
“Essa manifestação foi um primeiro aviso, se ele não tiver um franco diálogo conosco, vamos fazer uma grande Paralisação conjunta com toda a Segurança Pública, pois os policiais estão sofrendo, passando dificuldades por falta de salário, sendo que os mesmos trabalham o mês inteiro contando com seus proventos”, afirmou o presidente do Sindpol/MG José Maria de Paula “Cachimbinho”.
O deputado federal subtenente Gonzaga acompanhou os sindicalistas apoiando as categorias e tentando uma abertura de diálogo com o governador Zema.
“Estamos reunidos desde a manhã, quando chegamos aqui soubemos do anúncio do parcelamento de salário referente ao mês de dezembro. Vamos continuar as mobilizações até que a situação seja resolvida, inclusive sobre o 13º salário. Compreendemos que o governo Zema está no início, porém os servidores públicos já estão no seu limite”, disse o deputado federal subtenente Gonzaga.
As entidades de classe da Polícia Civil e da Polícia Militar gritaram palavras de ordem e percorreram a Cidade Administrativa, chamando a atenção do governador e de sua cúpula, até que o Chefe de Polícia, Dr. Wagner Pinto de Souza e o Comandante Geral da Polícia Militar Cel. Giovane Gomes da Silva, chamaram as classes, separadamente, para uma reunião.
Reunião com o Chefe de Polícia
O Chefe de Polícia Dr. Wagner Pinto de Souza e o Chefe Adjunto Dr. Joaquim Francisco Neto e Silva, receberam o Sindpol/MG, o Sindepominas e a ASPCEMG – entidades representativas da PCMG presentes no ato – para abrir o diálogo com os sindicalistas e o governador Romeu Zema.
Os sindicalistas falaram sobre a crise no Estado e a indignação da base pelo não pagamento do 13º salário e o salários parcelados há mais de 3 anos.
A categoria está mobilizada e aguardando uma resposta em tempo recorde do governo em relação a volta do 5º dia útil e o pagamento do 13º. Foi falado aos chefes da PC que a crise é iminente e grave, em razão das dificuldades dos policiais civis de honrarem os seus compromissos em relação a alimentação, farmácia, empréstimos etc., e que os mesmos são responsáveis pelo provimento de suas famílias. Os chefes de polícia ouviram os sindicalistas e garantiram que, de imediato, iriam levar esse cenário tenso e perigoso ao Governo do Estado.
Os representantes das entidades de classe reportaram ao Chefe de Polícia que o posicionamento do Governo deve de ser de imediato e preciso, para evitar uma crise sem precedentes na Polícia Civil de Minas Gerais. Eles ponderaram ainda que, juntamente com os representantes das entidades da PM, eles suspenderiam as atividades de protestos que seriam feitas amanhã, em BH (Praça Sete, Palácio da Liberdade e Palácio Tiradentes), como voto de confiança da tratativa dos mesmos em relação a essa pauta.
Lembramos ainda que o momento grave que passa a Segurança Pública no Brasil e em Minas, onde o crime organizado recrudesceu em desfavor do cidadão de bem do nosso Estado. Lembrando ainda aos senhores chefes de polícia que sabemos do nosso valor para a defesa da sociedade em relação ao crime organizado, que assola os mineiros e que, quem tem coragem para matar e morrer para defender o cidadão de bem, tem coragem também de até morrer para defender os seus direitos e dignidade de suas famílias.
Ficou acordado com o Chefe de Polícia que as entidades de classe aguardariam uma resposta do Governo em relação a pauta apresentada e que, após esse posicionamento, os mesmos, juntamente com categoria, decidiriam os próximos passos.