Enquanto Governo insiste em não investir em concurso público para PCMG, violência e criminalidade explodem em todo o Estado
No ano passado, os cinco maiores bancos do país investiram R$ 2,4 bilhões, ou 5,6% dos seus lucros líquidos, em segurança. O montante, no entanto, não foi suficiente para evitar um aumento de 14% nos óbitos de vigilantes, clientes, transeuntes e outras vítimas de assaltos a essas instituições no país. Em 2013, foram 65 mortes, frente a 57 no ano anterior.
Os dados são da Pesquisa Nacional de Mortes em Assaltos Envolvendo Bancos, realizada pela Confederação Nacional dos Vigilantes (CNTV) e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf).
No país, o maior número de mortes é entre clientes dos bancos, 55% do total. Isso porque os assassinatos acontecem, em 49% das vezes, em crimes de saidinha de banco. Em Minas Gerais, o perfil é diferente: saidinha de banco divide o primeiro lugar com assaltos a caixa eletrônico, com 33% para cada. No Estado, foram seis mortes no ano passado, sendo duas de vigilantes, duas de transeuntes, uma de cliente e uma definida como outros, todas elas no interior do Estado, onde as agências recebem menos investimentos.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Vigilantes de Minas Gerais, Romualdo Alves Ribeiro, as agências do interior têm muitas deficiências em segurança. “No interior, a situação é mais frágil. Faltam instalações físicas para garantir a segurança. Sem porta giratória e com equipamentos, muitas vezes estragados, a atuação do vigilante fica fragilizada”, diz.
De acordo com ele, o número de vítimas seria bem maior se, em muitos casos, os vigilantes não optassem por se render aos bandidos. “A não reação é uma proteção a todos os presentes”, afirma.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região, Clotário Cardoso, lembra que a segurança é reivindicação constante em todas as campanhas da categoria. A entidade pede que as agências tenham porta giratória, biombos nos caixas e monitoramento remoto. “Esses investimentos seriam não só para o bancário, mas para a população”, diz. Mas, grande parte dos investimentos em segurança vão para proteção dos sistemas de rede.
Cardoso diz ainda que as portas giratórias deveriam estar na entrada das agências, antes do auto-atendimento, e que os gerentes não poderiam ficar com as chaves dos cofres, como acontece em muitos casos.
Resposta. Em nota, o Itaú Unibanco disse que a segurança é uma preocupação constante. O banco garante que vai além do necessário no cumprimento das normas de segurança e mantém monitoramento 24h por dia nas agências. A Caixa Econômica e o Bradesco não responderam. Já o Santander e o Banco do Brasil preferiram deixar o posicionamento a cargo da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Em nota, a Febraban disse que os 17 maiores bancos do país investiram R$ 8,3 bilhões em segurança em 2011 e, com isso, reduziram em 56% o número de assaltos entre 2002 e 2012. A entidade diz que a maioria dos crimes acontece fora das agências e que mantém parceria com os órgãos de segurança para ações de combate à criminalidade.
Lucro recorde
Ganhos. Em doze meses fechados em setembro de 2013, o lucro dos 131 bancos com atuação no Brasil alcançou 61,3 bilhões, alta de 13,5% com relação ao mesmo período fechado de 2012.
Fonte: O Tempo
abril, 2025
Rua: Diamantina, 214, Lagoinha. CEP: 31110-320 – Belo Horizonte/MG
TEL: (31) 2138-9898
Bairro: Santa Terezinha
CEP: 36045-370
TEL: (32) 3249-1186
E-mail: [email protected]
Bairro: Centro
CEP: 39400-081
TEL: (38) 99952-3113
TEL: (38) 98826-5935
E-mail: [email protected]
Bairro: Centro
Cidade: São Lourenço/MG
CEP: 37470-000
TEL: (35) 3331-6252
E-mail: [email protected]