Em meio à pressão da segurança, audiência com secretários de Estado é encerrada. Categoria pede aumento salarial de 35,54% para recompor perdas inflacionárias dos últimos anos
Diante de manifestações de servidores das forças de segurança pública, a audiência onde secretários do governo Romeu Zema (Novo) prestaram contas nesta segunda-feira (19), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), foi encerrada pouco mais de 20 minutos após começar. Insatisfeita com a proposta de 12,84% de reajuste apenas à educação, a categoria cobra uma recomposição salarial de 35,44% de perdas inflacionárias acumuladas entre 2017 e 2022.
O Sindpol/MG estava presente na Assembleia Legislativa, para acompanhar a reunião, quando a mesma foi encerrada, pois os secretários estavam incomodados com a pressão dos servidores da Segurança Pública, que questionavam o fato do Governador ter concedido a ele, vice e aos seus secretários, o aumento de 298%, e para os servidores 0%.
O dia foi marcado por uma grande incoerência e falta de respeito. O Governo alega que não tem dinheiro e que precisa aderir ao RRF, mas ainda naquela tarde, tentava aprovar em votação no Plenarinho IV o PL 2803, que recebeu uma emenda durante a tramitação, isentando as grandes locadoras de algo de R$ 1,2 bilhão em impostos, o que conseguiu. Valor que paga um terço da folha dos servidores de todo o Estado.
As entidades de classes, junto aos Servidores da Segurança Pública, neste momento, acompanhava e manifestava pelos direitos da categoria, quando foram surpreendidos pelo Deputado João Magalhães, que saiu da tribuna, indo até ao auditório e afrontou um servidor da segurança pública.
Um verdadeiro descaso desses parlamentares que tentam aprovar essa matéria absurda. Um verdadeiro descaso do Governador Romeu Zema que não cumpre com a sua obrigação com os servidores da segurança, negando a Recomposição das Perdas Inflacionárias e que invoca a Lei da Responsabilidade Fiscal para dizer que não pode dar nada acima da inflação.
A nossa luta continua.
Não compactuamos com nenhuma forma de violência, principalmente por parte daqueles que devem representar e defender o povo mineiro. Mas isso é um reflexo da falta solução do governador Romeu Zema, para recompor as perdas inflacionárias dos servidores da segurança pública, que infelizmente poderá se agravar com a falta de solução.
A nossa luta continua. Não vamos nos calar e desistir.
Valorização da PCMG já!