Em nova visita técnica ao interior do estado, o presidente do Sindpol/MG, Wemerson Oliveira, e o diretor Breno Almeida estiveram no município de Santa Juliana, no Triângulo Mineiro, para fiscalizar as condições de trabalho na unidade da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). O cenário encontrado, infelizmente, é o mesmo que vem se repetindo por toda Minas Gerais: falta de efetivo, sobrecarga de trabalho e estrutura precária — quando a responsabilidade é do Estado.
A delegacia local conta com apenas um investigador e uma escrivã, o que torna impossível manter o fluxo mínimo de investigações criminais, além de comprometer o atendimento à população. O delegado responsável sequer é lotado no município, vindo de outra comarca por absoluta falta de profissionais designados pelo governo estadual. Essa ausência de investimento na Polícia Civil gera sobrecarga, adoecimento e insegurança para os servidores e para os cidadãos.
“Delegacia boa em Minas só existe quando é mantida por prefeituras ou câmaras de vereadores. Quando depende do Estado, está caindo aos pedaços. E quem deveria cuidar disso é o governador Romeu Zema”, criticou Wemerson.
A estrutura da unidade de Santa Juliana, considerada boa, só existe graças ao esforço da gestão municipal. Não há investimento direto do Governo do Estado, o que evidencia o descaso com a segurança pública em municípios do interior. O Sindpol reforça que essa realidade é um retrato da política de abandono promovida pelo Executivo estadual, que não realiza concursos públicos, não valoriza os servidores e nega recomposição salarial.
“Vamos continuar visitando as delegacias da capital, do interior e da região metropolitana, mostrando para o povo mineiro a realidade das condições de trabalho dos policiais civis e cobrando as mudanças que o governo Zema se recusa a fazer”, completou o diretor Breno Almeida.
A visita a Santa Juliana faz parte de uma série de ações de fiscalização do Sindpol/MG, que segue atento às necessidades da categoria e atuando de forma firme para garantir melhores condições de trabalho e o devido reconhecimento aos policiais civis.
