A Polícia Civil faz nova paralisação, dessa vez por 48 horas, em protesto por melhorias salariais, das condições de trabalho e pela realização de concursos para contratação de mais servidores. Segundo o diretor do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil Regional Zona da Mata (Sindipol), Marcelo Armstrong, apenas 30% dos serviços estão sendo realizados, entre eles flagrantes e alvarás de solturas e prisão.
A paralisação foi deliberada após assembleia geral da categoria, ocorrida no dia 8 de abril. Armstrong explica que o governo de Minas Gerais ainda não se manifestou sobre as reivindicações e, por isso, a decisão de paralisar. “Estamos abertos para conversar, mas ainda não tivemos resposta.” Uma nova assembleia será realizada no dia 29 de abril e, caso não tenha as reivindicações atendidas, a categoria promete deflagrar greve.
Segundo Armstrong, 100% da categoria aderiu as reivindicações. “Todas as carreiras, desde o administrativo até os delegados estão nessa luta.” Os delegados de Minas Gerais recebem salário bruto de R$ 5,7 mil. “Temos o pior salário da categoria no Brasil. No Rio de Janeiro, o salário é de R$ 17 mil.” Outra reivindicação é quanto ao déficit de funcionários, que, em Juiz de Fora, pode chegar a 150 agentes.