Centrais vão à greve contra o descaso com a pauta trabalhista.

Centrais vão à greve contra o descaso com a pauta trabalhista

Insatisfeitos com a “falta de comprometimento” da presidente Dilma Rousseff (PT) em atender a pauta de reivindicações trabalhistas das principais centrais sindicais do país, na última quarta-feira, lideranças mineiras e paulistanas prometem engrossar o coro contra a petista.

Além de confirmarem manifestações nas ruas, fechamento de rodovias e greves na indústria e no setor de transportes em algumas regiões do país, no dia 11 de julho, sete entidades de classe vão fazer “pressão popular” para serem ouvidas e desgastar a imagem de Dilma e do ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

“Saímos da reunião com a presidente, na última quarta-feira, pior do que entramos. Vamos apostar nas manifestações para ver se ela nos atende na marra, na base da pressão popular. Queremos mudanças na política econômica”, diz o deputado federal e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o “Paulinho da Força”.

O plano conta com a adesão da Força Sindical, Central Única dos Trabalhadores (CUT), União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Central Sindical e Popular (CSP-Conlutas) e Central Geral dos Trabalhadores (CGTB).

Segundo o presidente da UGT Minas, deputado federal Ademir Camilo (PSD), além da “falta de diálogo” da presidente com as centrais, incomoda a ideia do plebiscito para fazer a reforma política. “A UGT tem um posicionamento claro contra o plebiscito. São mais de 400 deputados da base que poderiam expressar a visão do governo e colocar uma proposta em votação, mas jogam para a população, que poderá macular aquilo o que desejarem”, afirma. No entanto, ele diz considerar a consulta popular legítima.
 

Propostas

Entre as reivindicações da greve de 11 de julho que terão coro em Minas, de acordo com Ademir Camilo, está a proposta de implantação de um piso salarial mínimo para os trabalhadores, estimado em R$ 780. A pauta nacional inclui ainda o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais e investimentos em saúde e educação.

O representante estadual do CSP-Conlutas em Minas, Gilberto Gomes, reclama do caráter genérico da última reunião das centrais com Dilma. “O governo diz que está aberto, mas a gente não tem visto ações”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: Hoje em Dia