Salário dos servidores vai sofrer forte defasagem
Salário congelado por 11 anos
Saímos da audiência pública na Assembleia Legislativa frustrados com a apresentação do Plano de Recuperação Fiscal por parte do governo, que na ocasião, deveria ter apresentado aos deputados e à sociedade o Plano de Recuperação Fiscal enviado ao Governo Federal. Fomos assistir uma explanação, sem qualquer detalhamento. Não trouxeram o detalhamento do Plano de Recuperação Fiscal, e sim uma discussão sobre o regime e a Lei Complementar 159/2017. Esperávamos um debate técnico durante a audiência pública, com os secretários Gustavo Barbosa (Fazenda) e Luísa Barreto (Planejamento e Gestão), e não uma discussão sobre mitos do RRF. Ficamos mais uma vez sem respostas e sem garantias por parte do governo, sem detalharem objetivamente conteúdo da proposta.
O secretário de Estado de Fazenda, Gustavo Barbosa, minimizou o fato ao afirmar, que o Plano de Recuperação Econômica garantirá, “no mínimo, duas revisões de salários”. Encaminhado pelo governo Zema à Secretaria do Tesouro Nacional (STN), o plano para adesão ao RRF projeta apenas duas recomposições gerais dos salários dos servidores, sendo uma para 2024 e outra para 2028, de 3% cada.
A verdade é que o salário dos servidores irá sofrer forte defasagem. O cálculo é simples, entenda a gravidade do problema:
No plano, o Governador Romeu Zema apresenta somente 3% de recomposição em 2024 e 3% de recomposição em 2028. Ao final disso, nós teremos uma defasagem salarial de quase 80% do nosso poder de compra.
Sem contar na defasagem salarial que nós temos de 2015 até 2023, de quase 40%, além da suspensão dos concursos públicos. Neste período de 9 anos não teremos concurso público. O que vai sucatear e sobrecarregar ainda mais, nós Policiais Civis, que já temos um déficit de pessoal de quase 50%.
Não ao Regime de Recuperação Fiscal! Vamos lutar juntos contra a enganação do Governo do Estado.