Botão de pânico contra violência

Botão de pânico contra violência

Para tenta frear o crescimento no número de assaltos, a Polícia Militar (PM) e comerciantes da movimentada avenida Brasília, em Santa Luzia, na região metropolitana, começaram a implementar “botões de pânico” em lojas da localidade. A expectativa é que uma vez acionado, o equipamento permita uma presença mais rápida dos policiais na cena do crime, possibilitando a prisão dos criminosos que vêm atuando frequentemente na avenida. No última dia 20 de setembro, o lugar foi palco de um latrocínio (roubo seguido de morte), em que um vendedor foi assassinado a facadas.

“Nossa tentativa é de mobilizar os comerciantes para darmos uma cobertura mais eficiente, já que não temos a condição de deixar um policial parado em cada esquina da avenida. Hoje, temos uma viatura que roda 24h pelo local e que com a utilização desse botão poderá ser acionada imediatamente”, afirmou o tenente Cid Machado, subcomandante da 71ª Cia do 35º Batalhão da PM.

Apesar de não apresentar números absolutos, a PM admite um aumento de roubos e assaltos na avenida Brasília. Por estar em uma etapa inicial de implementação apenas oito comerciantes já possuem o aparelho que, por enquanto, ainda é apenas conectado entre os vizinhos da loja. Na prática, quando o comerciante aciona o botão de pânico, uma ligação é feita para um vizinho, que aciona a polícia. A intenção da PM é que, em um futuro próximo, o aparelho acione um telefone direto da própria corporação.

“No último mês, fui assaltado duas vezes em um intervalo de dez dias. Além da perda econômica você também acaba tendo um abalo emocional muito grande. A nossa esperança é que com esse botão as coisas se tornem mais ágeis e esses roubos diminuam. Do jeito que está, não pode continuar”, contou um dos lojistas, de 33 anos, que já utiliza o aparelho.

Para um outro comerciante, além da utilização do botão, também é preciso uma maior concentração de policiais na região. “Uma viatura para uma avenida grande como essa é muito pouco. A gente sente falta, sim, de uma presença maior de policiais nas ruas, pois só ele podem inibir de verdade a presença de bandidos aqui”, disse o dono de uma loja de roupas, de 45 anos.

Rede Além da utilização do equipamento, a PM também pretende fortificar a rede de comerciantes protegidos da avenida, que atualmente não conta com a participação maioria dos estabelecimentos da avenida. Sobre a crítica de alguns comerciantes da falta de policiais na região, o comando local da PM informou que, além de uma viatura que faz ronda na avenida, possui outras formas de policiamento no local.

Fonte: O Tempo