Um tema que infelizmente não podemos deixar de repercutir e mostrar a triste realidade que se encontra a saúde mental dos Policiais Civis de Minas Gerais. O autoextermínio, infelizmente, uma realidade cada vez mais presente dentro da instituição Polícia Civil. Nesta segunda-feira (15/07), nos deparamos com a notícia da morte, em circunstâncias de extrema tristeza, da jovem Delegada de Polícia Graziella Rosa Lucindo, lotada na cidade de Nova Lima.
O presidente do Sindpol/MG, Wemerson Oliveira reforça que só no ano de 2023 foram nove suicídios de policiais. “Há tempos estamos tentando dialogar com o Governo do Estado, inclusive com sugestões, na expectativa de sanar os sérios problemas enfrentados pela Polícia Civil, entre eles, o adoecimento mental dos policiais. Situação gravíssima, que requer tratamento e prevenção urgente “explica. Em 2024, iniciamos com mais este caso triste em Nova Lima, ressalta o presidente.
No âmbito do servidor policial civil, o tema é de grande preocupação por parte do Sindpol, que vem debatendo o assunto em esfera estadual, cobrando e reivindicando do governo mais psicólogos na instituição Polícia Civil e melhores condições de trabalho, mostrando que o adoecimento mental dos policiais compromete a qualidade dos serviços prestados à população e a vida dos policiais, que sofrem com a desvalorização, baixos salários, déficit de efetivos e sobrecarga de trabalho.
O caso Rafaela Drumond, escrivã de polícia, que tirou a própria vida, repercutiu nacionalmente e mostrou a dor e a precariedade de uma instituição que pede socorro. “Não podemos admitir atitudes como essa dentro da PCMG, comprometendo a saúde mental dos profissionais da Polícia Civil, culminando em mortes. Nos perguntamos quantos policiais terão que perder a vida para que o Governo do Estado tome uma providência. Por medo de retaliação e de se exporem diante do fato, muitas vezes as vítimas de assédio se calam, levando-as a tomarem atitudes drásticas, como o autoextermínio. Uma triste realidade. Vamos cobrar do G do Estado quantas vezes for preciso, até que tenhamos uma resposta e seja tomada medidas efetivas na proteção do Policial Civil”, pontua Oliveira.