12/04/2014 – Programa Segurança e Cidadania 301

Novo aparelho para furtar carros

Uma nova modalidade de furto de veículos, que tem gerado prejuízos a motoristas de outros Estados, como Rio Grande do Sul e São Paulo, pode ter chegado à capital mineira. Trata-se do uso de um dispositivo conhecido como “chapolin”, que, acionado pelos criminosos a certa distância do veículo, bloqueia o alarme e suas funções, como o travamento de portas. O dono acredita que o carro foi trancado, mas o ladrão conseguirá acessá-lo facilmente.

Um aposentado de 67 anos, que preferiu não ter o nome revelado, acredita ter sido vítima do golpe e só não teve os pertences de seu veículo furtados pois desconfiou da armação. Ele disse que no último domingo foi almoçar com sua mulher em um restaurante do bairro Alípio de Melo, na região da Pampulha. Ao estacionar na avenida Abílio Machado, uma das mais movimentadas da cidade, mesmo acionando o controle do alarme, seu carro não trancou.

“Notei que ele não fez aquele barulho das travas sendo acionadas. Como já estava atento a esse tipo de roubo, voltei para verificar se as portas tinham sido de fato trancadas. Para minha surpresa, o carro estava aberto”, contou. Após detectar o problema, ele percebeu que uma mulher sentada no meio-fio, perto do veículo, olhava muito para eles. Por isso, de maneira preventiva, o aposentado preferiu levar o carro a um estacionamento fechado na rua lateral. “Quis garantir a segurança do meu carro”, afirmou.

Após estacionar, quando se dirigia ao restaurante, o aposentado percebeu que a mesma mulher caminhava, possivelmente à procura do carro. “Quando ela nos viu, parou na esquina, ficou olhando e despistou pegando o celular”. Segundo ele, como o carro estava em local fechado, nada foi roubado. Por isso não houve o registro de ocorrência. “Não posso afirmar que ela roubaria o carro, mas a suspeita é forte”.

Sem ocorrências. De acordo com Adriano Assunção, chefe da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos da Polícia Civil, não há registros desse golpe em Belo Horizonte. “Mas estamos atentos à situação, e nossas equipes estão monitorando as ocorrências para verificar novas modalidades”, disse.

A chefe do Comando de Policiamento da Capital (CPC), coronel Cláudia Romualdo, também afirmou que não há ocorrências desse novo crime na cidade. “Que eu tenha tido conhecimento, não houve nenhum registro nesse sentido”.

Saiba mais

Porto Alegre. Os primeiros casos de furtos de veículos utilizando o dispositivo “chapolin” para bloquear a ação do alarme foram registrados em Porto Alegre (RS). De acordo com Juliano Ferreira, titular da Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, quatro pessoas já foram presas em flagrante portando o aparelho naquela cidade. Segundo ele, outras centenas de casos da mesma natureza estão sendo investigadas.

Controle remoto.  Segundo Gláucio Siqueira, professor de telecomunicações da PUC-Rio, o “chapolin” é um controle remoto para eletroeletrônicos, vendido legalmente em alguns países estrangeiros. Os criminosos descobriram um “efeito colateral” desse aparelho: quando acionado, ele inibe e invalida o comando de outros controles, como os dos alarmes de veículos.

Recomendação . A chefe do CPC da capital mineira, coronel Cláudia Romualdo, recomenda que, em caso de furto, as vítimas liguem para o telefone 190. Segundo ela, pode ser possível identificar os criminosos por meio das câmeras de monitoramento instaladas em Belo Horizonte.


Ainda não há equipamento para barrar a ação do ‘chapolin’

A reportagem de O TEMPO procurou mais de dez concessionárias de veículos e revendedoras de acessórios da capital e, em todas, foi possível constatar que não existe, até o momento, nenhum tipo de configuração ou ajuste que possa ser feito no alarme do carro para impedir a ação do dispositivo conhecido como “chapolin”.

“No entanto, em função das últimas notícias de furto no país, já estamos recomendando que os clientes tenham atenção redobrada ao utilizar o alarme, para verificar se o carro foi devidamente fechado”, afirmou Leonardo Oliveira, vendedor de uma loja de acessórios localizada na região Noroeste da capital.

A chefe do Comando de Policiamento da Capital (CPC), coronel Cláudia Romualdo, também recomenda os mesmos cuidados aos motoristas. “Além de apertar o controle do alarme, confira a maçaneta para verificar se o carro travou. Não podemos confiar apenas na tecnologia”. Outro alerta dado pela coronel é para que o condutor não deixe objetos dentro do veículo, sobretudo à mostra. “A orientação é válida para todos, independentemente de haver ou não o golpe”, completou Cláudia.

Fonte: O Tempo

Sindicato de luta e resultado: Departamento Jurídico do SINDPOL/MG ganha mais duas ações sobre adicional noturno para Policiais

O Departamento Jurídico do SINDPOL/MG, obtém êxito em mais uma ação  referente a adicional noturno, ajuizada contra o Estado de Minas Gerais em nome do servidor André Luiz Fragoso pertencente aos quadros da PCMG.

O impetrante recebeu uma quantia considerável, além disso, foi incorporado ao salário do Policial  o período de 22 horas às 05:00 horas da manhã.

É o Departamento Jurídico do SINDPOL/MG trabalhando em favor de seus filiados e garantindo bons resultados.

Futuro de 17 mil servidores está nas mãos do Supremo

Depois de ver declarada a inconstitucionalidade da Lei Complementar 100, de 2007, que colocou na corda bamba cerca de 57 mil servidores da área da educação, o governo de Minas aguarda, agora, o julgamento de uma segunda ação que poderá afetar outros 17 mil servidores.

A  Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 3.842 em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) pode ser julgada ainda neste semestre pelo Pleno do Tribunal. Ela afeta diretamente o governo de Minas, uma vez que questiona a Emenda Constitucional 49, de 2001, e o artigo 4º da Lei 10.254, de 1990.

As duas regras foram aprovadas há mais de dez anos pela Assembleia Legislativa, mas do ponto de vista do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Procuradoria Geral da República (PGR), são inconstitucionais por terem transformado servidores contratados por meio de convênios em servidores estatutários, ou seja, funcionários públicos.

Apesar de estar em tramitação do STF desde 2007, a ação deve ganhar celeridade agora por dois motivos. O primeiro é a conclusão da análise de ação com o mesmo teor já em tramitação no tribunal e que havia sido juntada à ADI mineira – segundo a assessoria de imprensa do STF, o processo está pronto para ser apreciado em plenário, faltando apenas ser incluído pela presidência da Corte na pauta de julgamentos.

Aliado a isso, há ainda um pedido entregue pelo presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Coêlho, para que a ação tenha prioridade de julgamento, “em virtude da relevância da temática tratada, com a concessão de direitos e vantagens a detentores de função pública sem a realização de concurso”.

Análises. Assim como no caso da Lei 100, a ADI também foi proposta pela PGR. O então procurador geral da República, Antonio Fernando Barros, questionou em especial a Lei 10.254/90 que, segundo ele, determinou que o servidor da administração direta, autarquia e fundação pública tivesse seu emprego automaticamente transformado em função pública.

O mesmo questionamento, à época, foi feito pelo MPMG, que entendeu que a regra aprovada no Estado contraria a Constituição Federal, por não prever concurso público para o preenchimento das vagas, deixando de lado o princípio da isonomia no serviço público.

“Os servidores tiveram situação de vantagem por violar dispositivo constitucional que condiciona a entrada em cargo público à prévia aprovação em concurso”, informa documento assinado pelo promotor do Patrimônio Público, João Medeiros, e enviado à PGR.

Na última semana, o novo governador de Minas, Alberto Pinto Coelho (PP), afirmou, ao ser questionado sobre a possível análise de outras ações que impactam os servidores públicos, que “o importante é o Estado buscar dar soluções a situações que se acumulam há anos”.

Educação
Prazo.
Por ter sido declarada inconstitucional, o STF deu 12 meses para o governo de Minas solucionar a situação dos servidores mineiros atingidos pela Lei Complementar 100 de 2007.

Fonte: O Tempo

Caixas eletrônicos de prefeituras do Estado são alvos de bandidos

Caixas eletrônicos continuam sendo alvos de ações de bandidos, porém, agora, os criminosos procuram os que estão instalados dentro de prefeituras do interior de Minas Gerais. Entre a madrugada de domingo (13) e a manhã desta segunda-feira (14), pelo menos dois caixas foram arrombados no Estado.

Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, o crime aconteceu por volta de 3h de domingo, no prédio da prefeitura localizado na rua Dom Luiz Maria Santana, no bairro Santa Marta. Os quatro suspeitos renderam um guarda municipal e dois vigias que fazem a vigilância do local e conseguiram entrar no prédio.

Conforme a Polícia Militar (PM), os guardas relataram que os suspeitos estavam utilizando um rádio da polícia para monitorar a ação dos militares. Um maçarico foi usado para arrombar um caixa. Ainda não se sabe o valor levado na ação.

O alarme da prefeitura tocou e os bandidos deixaram o local, mas, antes, levaram toda a rouba dos guardas municipais. Um vigia chegou a ser agredido e precisou receber atendimento médico em uma Unidade de Pronto-Atendimento do bairro São Benedito. As imagens de monitoramento do prédio serão usadas para identificar os suspeitos, de acordo com o cabo Vinícius Caetano.

De acordo com a assessoria de imprensa da prefeitura, essa foi a primeira vez que o local foi invadido para ação em caixas eletrônicos. Os bandidos não chegaram a arrombar nenhuma porta do prédio.   

Já em São João Batista do Glória, no Sul de Minas, o alarme da prefeitura acionou a polícia, às 3h30 da madrugada desta segunda, assim que bandidos entraram no prédio localizado na praça Belo Horizonte, no centro da cidade.

Fonte: O Tempo

Conforme a policia, os criminosos chegaram a explodir o caixa, porém, perceberam que a PM havia sido acionada e fugiram sem levar nada. Uma moradora da região percebeu a ação e contou para a polícia que os suspeitos estavam em dois carros escuros.  

Os militares ainda não tiveram acesso as imagens do sistema de monitoramento do local. Mas, segundo a polícia, o vídeo será analisado ainda nesta segunda para tentar identificar os suspeitos.

Neste caso, a polícia não soube informar se havia algum vigia no local e se a prefeitura teve alguma porta danificada durante a ação.  

Outro caso

Há seis dias nove homens invadiram a Prefeitura de Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, na madrugada desta terça-feira (8), espancaram os vigias e danificaram um caixa eletrônico.

Operação em Três Marias termina com 31 pessoas presas

A operação “Avalanche”, uma parceria entre as polícias Civil e Militar, terminou com 31 pessoas presas na manhã desta quinta-feira (10) em Três Marias, na região Central do Estado. O objetivo era cumprir 24 mandados de prisão contra suspeitos de chefiar o tráfico de drogas na região, além de cometerem roubos e outros delitos.

A ação terminou com mais pessoas presas do que o previsto, já que foram presas outras 7 pessoas em flagrante. Além disso, dois adolescentes foram apreendidos, assim como drogas, munição, armas e veículos utilizados no crime.

Cerca de 150 policiais participaram da operação, que contou ainda com o apoio aéreo e o canil da Polícia Civil. O resultado foi consequência de sete meses de investigações.

Segundo o superintendente de Investigações e Polícia Judiciária, Jeferson Botelho, operações como essa, de repressão qualificada e desarticulação do crime organizado para o comércio de drogas, possuem resultados positivos. “Elas atendem à moldura rígida da política de segurança pública no Estado, ou seja, reduzem os índices de criminalidade e aumentam a sensação subjetiva de segurança”, disse.

Fonte:  O Tempo

Diretoria do SINDPOL/MG participa de solenidade de posse do novo Chefe da PCMG

Na tarde desta sexta-feira 11, A Diretoria do SINDPOL/MG esteve presente em solenidade de posse do novo Chefe da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais, Dr. Oliveira Santiago Maciel e seu Conselho na cidade Administrativa. Mudanças importantes virão e toda a categoria Policial Civil irá acompanhar com a mesma convicção e proatividade de sempre. O SINDPOL/MG continuará  trabalhando em prol da categoria policial e da segurança pública. Estaremos juntos em todas as matérias que beneficiem os servidores e policiais da nossa Instituição, assim como a segurança pública e a melhoria na prestação de serviços públicos à sociedade.

 Toda a Diretoria do SINDPOL/MG deseja sucesso e realizações positivas ao novo Chefe de Polícia.

 

O Departamento Jurídico do SINDPOL/MG ganha mais uma ação de Adicional Noturno em favor de Policial de Santa Luzia

O Departamento Jurídico do SINDPOL/MG ajuizou ação ordinária em face do Estado de Minas Gerais em nome do servidor Charlton Valadares Pires pertencente aos quadros da PCMG lotado na Delegacia de Santa Luzia e que desempenha suas funções em regime de plantão no período noturno, sem nunca ter recebido adicional noturno devido. O impetrante requer que lhe seja pago o valor devido a título de adicional noturno por todas as horas trabalhadas entre 22h de um dia às 05h do dia seguinte, acrescido de juros e correção monetária.

Veja ao lado a Sentença

Departamento Jurídico do SINDPOL/MG representado pelo Escritório  Dracon Cavalcante  Advogados e Associados em  um feito extraordinário obtém mais uma vitória

Na tarde desta quinta-feira 10, Dr. Dracon Cavalcante esteve em São José dos Campos  no Estado de São Paulo para efetuar a defesa de um de nossos filiados que estava sendo acusado de tentativa de homicídio.

A audiência durou cerca de 6 horas, Dr. Dracon representante do SINDPOL/MG, na defesa do filiado, trabalhou com a tese de classificação para lesão corporal leve ou tentativa de homicídio privilegiado e obteve um bom resultado, uma vez que, os jurados reconheceram por 4 votos a 3 a classificação da tentativa de homicídio privilegiado. Logo após a sentença o Juiz responsável  mandou expedir o alvará de soltura do filiado que foi cumprido  por volta das 23:00 horas.

É o Departamento do SINDPOL/MG garantindo aos nossos filiados um serviço de qualidade, eficiência e de resultado.

Adolescente é amarrado após ser pego furtando fios de cobre

Menos de três dias após um homem de 31 anos ter sido amarrado e agredido por pessoas que testemunharam o momento em que ele assaltou e agrediu uma jovem de 20 anos, no bairro Carlos Prates, na região Noroeste de Belo Horizonte, os chamados "justiceiros" voltaram a agir em Minas Gerais. Nesta quinta-feira (10), um adolescente de 17 anos foi flagrado furtando fios de cobre e foi amarrado até a chegada da polícia. Este já é pelo menos quarto caso de ladrões sendo amarrados somente neste ano.

De acordo com soldado Leandro Dornelas, da 1ª Companhia Independente da Polícia Militar (PM), dois jovens foram vistos quando furtavam os fios de cobre, sem ligar para o movimento, em um lote da rua Montreal, no bairro Jardim Canadá. O local serve de depósito de uma empresa que aluga contêineres. 

Quando um grupo de moradores da região percebeu o que acontecia, eles correram atrás da dupla, sendo que somente o adolescente foi alcançado. Revoltados, os moradores amarraram o jovem com cordas e fita adesiva a um contêiner. 

Ainda conforme o soldado Dornelas, assim que a viatura chegou ao local, encontrou o jovem já amarrado. "Ele não chegou a ser agredido e confessou o crime. O interessante é que ele completa 18 anos nesta sexta-feira (11). Ele já tem outras 40 passagens por furtos", afirma o policial.

Após ser detido, o adolescente foi levado para a 3ª Delegacia de Polícia Civil de Nova Lima. 

Os outros casos

No último dia 7 de abril, uma jovem de 20 anos chegava para trabalhar quando foi empurrada no chão por dois criminosos que tentaram roubar sua bolsa. Revoltadas, testemunhas conseguiram correr atrás e pegaram Davidson Messias Mariel, de 31. Ele foi amarrado e espancado pelas testemunhas antes de ser detido. 

Já no dia 26 de fevereiro, um caso semelhante foi registrado no bairro Santo Antônio, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Um adolescente teria sido flagrado tentando furtar objetos após quebrar o vidro de um carro estacionado. Pessoas que passavam pelo local conseguiram detê-lo e o amarraram em um poste. 

Entretanto, antes da chegada da polícia, uma motocicleta parou no local e resgatou o jovem, que não chegou a ser enquadrado pelo crime. Pouco tempo antes, no dia 20 de fevereiro, foi registrado um outro caso, no bairro Funcionários, também na região Centro-Sul.

Operários de uma obra teriam presenciado o momento em que o jovem roubou uma adolescente. Ele foi amarrado em um orelhão com as pernas para o alto  e agredido com chutes e socos até a chegada da polícia. 

Crime

Embora muitos apoiem ações como essas, fazer justiça com as próprias mãos é considerado um crime. Conforme o artigo 345 do Código Penal "fazer justiça pelas próprias mãos, para satisfazer pretensão, embora legítima, salvo quando a lei o permite: Pena – detenção, de quinze dias a um mês, ou multa, além da pena correspondente à violência", diz o artigo.

Entretanto, se não há emprego de violência, somente se procede mediante queixa.

Fonte: O Tempo

ONU: 50 mil pessoas foram assassinadas no Brasil em 2012. Isto equivale a 10% dos homicídios no mundo

O Relatório Global sobre Homicídios 2013, lançado mundialmente nesta quinta-feira (10), pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), revela que, somente em 2012, foram registrados 50.108 homicídios no Brasil, número equivalente a pouco mais dos 10% dos assassinatos cometidos em todo o mundo, que foram 437 mil.  De acordo com o documento, o Brasil apresenta estabilidade no registro de homicídios dolosos, mas o país ainda integra o segundo grupo de países mais violentos do mundo. O cenário de estabilidade no plano nacional contrasta com as disparidades no nível subnacional.

As taxas de homicídio declinaram nos estados do Rio de Janeiro (29%) e São Paulo (11%), mas cresceram no norte e nordeste do País, com destaque para a Paraíba, que registra um aumento de 150%, e Bahia, que contabiliza um aumento de 75% no número de homicídios nos últimos dois anos.O Estado de Pernambuco é uma exceção no Nordeste, com queda de 38.1% na taxa global de homicídios.

No Brasil, apesar da grande maioria das vítimas de homicídios serem do sexo masculino (90%), destaca-se no relatório o número significativo de mulheres que são assassinadas pelos seus parceiros ou familiares. O relatório conclui que muito precisa ser feito para prover os Estados de capacidades para efetivamente prevenir, investigar, denunciar e punir a violência doméstica e todas as formas de violência contra a mulher. A China, Coreia do Norte e o Japão registram os maiores índice de morte de mulheres (cerca de 52% das vítimas).

O abuso de álcool e outras drogas, e a disponibilidade de armas de fogo, são apontadas no estudo como determinantes nos padrões e prevalência da violência letal. O relatório destaca que qualquer política pública na área de prevenção aos homicídios apenas irá funcionar se os governos conseguirem direcionar estas ações para as vítimas e agressores potenciais.

Os países com as maiores taxas de homicídio, com mais de 30 para cada 100 mil habitantes, são Colômbia, Venezuela, Guatemala e África do Sul. O Brasil (25 homicídios para cada 100 mil habitantes) integra o rol do segundo grupo de países mais violentos, juntamente com o México, a Nigéria e o Congo, que registram de 20 a 30 homicídios para cada 100 mil habitantes.

A América do Sul é a terceira sub-região no mundo com os maiores índices de homicídio (23 a cada 100 mil/habitantes). Em primeiro lugar, está o Sudeste da África (com mais de 30 a cada 100 mil/habitantes) e, em segundo lugar, a América Central (26 a cada 100 mil/habitantes).

Os índices de homicídio na Colômbia estão em declínio desde 1996, mas ainda registram um patamar elevado. A Venezuela é o único país da América do Sul que apresenta um aumento significativo nas taxas de homicídio desde 1995. Os registros de homicídios na Argentina, Chile e Uruguai estão estabilizados, mas com baixos índices, aproximando-se dos cenários verificados nos países europeus.

O relatório destaca as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPS) como uma iniciativa determinante para a redução dos índices de homicídio em quase 80% no Rio de Janeiro entre 2008 e 2012. Em novembro de 2013, o estudo contabilizou 34 unidades em operação em 226 comunidades, beneficiando mais de 1,5 milhão de pessoas.

A América é o continente com maior incidência do uso de armas de fogo no cometimento dos homicídios (66%), seguida da Ásia e África (28%), Europa (13%) e Oceania (10%).

O continente americano também apresenta uma notável disparidade entre o total de homicídios cometidos e a condenação dos seus responsáveis, o que coloca em xeque a eficácia do sistema de justiça criminal no País. Apenas 24% dos crimes são solucionados. O número do efetivo policial é analisado de forma diretamente proporcional ao nível de resolução das investigações dos crimes cometidos. Na América, as mortes em presídios também são frequentes. As chances de homicídio entre presos é três vezes maior do que entre a população em geral.

“O UNODC vem trabalhando com o objetivo de oferecer uma referência mundial para os estudos na área de homicídio, o compartilhamento de técnicas de análises com especialistas e acordos de cooperação com os estados para o controle da criminalidade”, afirma Rafael Franzini, representante do Escritório do UNODC no Brasil e Cone Sul.

O foco do levantamento é o homicídio doloso, com uma detalhada analise considerando as diversas faces dos homicídios – relacionados a atividades criminosas, interpessoais ou sociopolíticas – as armas mais utilizadas nos crimes; a eficácia do sistema criminal de justiça na resolução dos casos; e as questões conceituais relativas ao homicídio, violência e conflito.

Fonte: ONU

Gráfico: UNODC

 

 

 

 

 

 

Fonte: O Tempo

Onze cidades brasileiras estão entre as 30 mais violentas

O Brasil tem 11 das 30 cidades mais violentas do mundo. Levantamento do Escritório sobre Drogas e Crime das Nações Unidas com base em assassinatos ocorridos no ano de 2012 aponta Maceió como a quinta cidade em homicídios por cada 100 mil habitantes. Fortaleza está na sétima posição, e João Pessoa, em nono.


A América Latina desbancou a África como a região mais violenta. Já Honduras é hoje o país com maior número de assassinatos por 100 mil habitantes. O índice registrado naquele país aponta para o que os pesquisadores chamam de “situação fora de controle”. O segundo país mais violento é a Venezuela, seguido por Belize e El Salvador.

De acordo com a pesquisa da ONU, foram assassinadas 437 mil pessoas em 2012, das quais 36% nas Américas, a maior parte na Central e na do Sul. O Brasil é o país com mais cidades na lista da violência, seguindo pelo México, com seis – ambos são os países mais populosos da América Latina. Venezuela e Colômbia têm três cidades, e Honduras e Estados Unidos, duas.

Além de Maceió, Fortaleza e João Pessoa, foram listadas pelo levantamento das Nações Unidas Natal (12ª posição); Salvador (13ª); Vitória (14ª); São Luís (15ª); Belém (23ª); Campina Grande (25ª); Goiânia (28ª); e Cuiabá (29ª).

Para os pesquisadores da ONU, o elevado índice de homicídios na América Latina está ligado ao crime organizado e à violência política, que persiste há décadas nos países latinoamericanos. A maior parte das mortes (66%) foi provocada por armas de fogo.

Causas. Os cartéis do narcotráfico mexicanos são citados como responsáveis pela violência também em Honduras, El Salvador e Guatemala, países que integram rotas de distribuição de drogas que têm como destino os Estados Unidos. Já na Venezuela, os assassinatos são atribuídos à violência urbana.

A pesquisa da ONU confirma dados sobre violência apresentados em levantamento elaborado pela ONG mexicana Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal AC divulgado em março deste ano. Segundo a pesquisa mexicana, o Brasil é o país com mais municípios no ranking: 16; e Maceió, a quinta cidade mais violenta do mundo.

O México aparece em segundo, com nove. Apenas sete cidades da lista não estão na América Latina: quatro dos Estados Unidos (Detroit, Nova Orleans, Baltimore e Saint Louis) e três da África do Sul.

Acusada de matar grávida é agredida
Acusada de matar Suelen de Souza Salles, 26, que estava grávida de seis meses, Flávia da Silva Ramos, 33, foi agredida por familiares da vítima ao deixar a delegacia em que estava presa, em Niterói, para ser levada ao presídio Feminino de Bangu, nessa quinta.

Ela teve o cabelo puxado e foi xingada de assassina e prostituta. Familiares também levantaram placas com a foto da vítima e o pedido de justiça. “Estamos desde as 8h esperando para ver essa vagabunda ir para a prisão”, disse a auxiliar de escritório Cristian Ribeiro, prima de Suelen.


Marcola sairá de isolamento
Pão Paulo.
O principal líder da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, obteve liminar para deixar o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) da Penitenciária de Presidente Bernardes.

“É certo que, em todo o vasto conjunto probatório do insólito plano (de fuga), não há indícios de ter sido ele ordenado/planejado pelo ora paciente”, disse o desembargador Péricles Piza.

Fonte: O Tempo

Mulher que matou colega com óleo quente não se arrepende do crime

A mulher que matou a colega de pensão com óleo quente em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi apresentada pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (10). O crime foi cometido após um desentendimento entre as duas sobre a luz ficar acesa ou apagada. A autora do crime, Luercilaine das Neves Delfino, 28, não se arrepende do assassinato e estava morando em uma barraca na praia, em Vitória, no Espírito Santo, antes de ser presa.

De acordo com o delegado Christiano Xavier, titular da delegacia de homicídios de Santa Luzia, Luercilaine foi presa em outubro passado. Após o crime ela chegou a ser detida, mas foi liberada. A vítima, Tatiele Pereira de Matos, 21, chegou a ficar internada em estado grave por um mês, até morrer e a autora do crime ser procurada novamente pela polícia para ser detida. No entanto, na ocasião, ela já havia fugido e passou a viver como pedinte, morando na barraca de um camping em uma mineradora em Vitória.

Funcionários da empresa estavam prestes a arrumar um emprego para ela na mineradora, quando o caso foi divulgado e eles perceberam que se tratava de Luercilaine. Foi assim que eles acionaram a polícia e ela ficou presa, desde então, em terras capixabas. Só no dia 1° de abril deste ano é que ela foi transferida para Belo Horizonte, onde permanece detida.

Frieza

Na apresentação, a mulher não mostrou em nenhum momento algum sinal de arrependimento pelo crime. Ela disse que foi um momento de fúria e que a vítima a incomodava muito com agressões verbais. “Ela tinha preconceito comigo, queria o meu mal, e fazia orações olhando pra mim, desejando o meu mal. Agora que eu tô na cadeia, está acontecendo tudo o que ela queria, ela queria que eu sofresse”, disse Luercilaine.

Cerca de 15 dias antes do crime, Tatiele já tinha sofrido um atentado por parte da suspeita. Na ocasião, Luercilaine colocou cloro na água da vítima, que passou um dia no hospital com intoxicação.

O crime

Na casa que era divida entre quatro meninas, entre elas, Luercilaine e Tatiele, as brigas eram constantes. As colegas disseram que suspeita e vítima tinham diversos atritos o que fez com que, em determinada ocasião, Luercilaine colocasse cloro na água de Tatiele. Sobre a vítima, as colegas disseram que ela era uma pessoa alegre e espontânea, e veio de Ladainha para trabalhar como balconista em Santa Luzia e estudar para um concurso do Corpo de Bombeiros. Havia cerca de um ano que ela estava na pensão.

Já Lucierlaine estava no local há apenas dois meses e era auxiliar administrativa. A briga aconteceu em março do ano passado quando as duas discutiram por causa de uma luz acesa. Tatiele tinha medo do escuro e só dormia com a luz acesa. Já a suspeita preferia a luz apagada e costumava se levantar por volta de 4h da manhã para cozinhar. No dia 15 ela se levantou e viu a luz acesa, esquentou o óleo na panela e jogou na cara da vítima, que dormia.

As colegas de pensão viram quando Luercilaine pôs o óleo no fogo, mas pensaram que ela estava preparando algo para comer, como sempre fazia. O óleo entrou nas vias respiratórias da vítima, e ela ficou internada em estado grave por um mês no hospital de pronto-socorro João XXIII, até morrer. 

Punição

Ainda segundo o delegado, Luercilaine será indiciada por homicídio duplamente qualificado: motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. Além disso, Xavier acredita que a mulher tenha cometido o crime com intenção de matar Tatiele. A pena pode variar entre 20 e 30 anos.

Fonte: O Tempo