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Enquanto o vice-governador Mateus Simões celebra números questionáveis, a Polícia Civil enfrenta déficit de efetivo, avanço de facções e unidades onde o policial paga até a conta de água.

“Paraíso” de papel: Sindpol-MG rebate balanço de segurança do Governo e expõe a real crise em Minas Gerais

“Paraíso” de papel: Sindpol-MG rebate balanço de segurança do Governo e expõe a real crise em Minas Gerais

“Responda rápido e com sinceridade: Você se sente realmente seguro em Minas Gerais?”

É com este questionamento que o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol-MG) confronta o recente balanço de segurança pública apresentado pelo vice-governador, Mateus Simões. Enquanto a gestão estadual tenta vender a imagem de um “paraíso” com suposta queda na criminalidade, a realidade nas ruas e nas delegacias revela um cenário alarmante que os gráficos oficiais tentam esconder.

O Mito do Investimento Estatal

Um dos pontos mais criticados pelo Sindpol-MG é a apropriação indevida dos créditos por investimentos na segurança. Segundo a entidade, o governo Zema/Simões vangloria-se de equipar a Polícia Civil, mas omite a verdadeira origem dos recursos.

“Não sabemos se dá vontade de rir ou de chorar. Tudo o que eles entregaram foi com dinheiro de outras fontes, como emendas parlamentares, Governo Federal, Judiciário e Ministério Público”, aponta a nota do sindicato.

A crítica vai além: se a Polícia Civil dependesse exclusivamente do Tesouro Estadual gerido por Romeu Zema, o colapso seria total. A realidade vivida na ponta mostra servidores tirando dinheiro do próprio salário — já corroído pela inflação — para custear itens básicos, como combustível para viaturas, água, internet e até material de limpeza para as unidades.

Delegacias “Fantasmas” e Déficit de Pessoal

A propaganda governamental destaca a entrega de novas delegacias, mas o Sindpol-MG denuncia uma falha estrutural grave: não há policiais para ocupá-las.

Com uma defasagem que beira a metade do quadro ideal previsto em lei, a Polícia Civil sofre com o fenômeno das “delegacias de papel”. Muitas unidades no interior funcionam com apenas um policial, sobrecarregado e sem capacidade de resposta, ou permanecem fechadas por falta de efetivo.

“A mentira é deslavada. Eles falam que entregaram delegacias novas, mas quem vai trabalhar nelas? Temos uma defasagem de praticamente metade do efetivo”, reforça a entidade.

O Silêncio sobre as Facções

Enquanto o governo celebra estatísticas, o Sindpol-MG alerta para o que não é dito nas coletivas de imprensa: a expansão territorial das facções criminosas.

O sindicato denuncia que grupos organizados estão disputando o controle de regiões em todo o estado, inclusive na capital, Belo Horizonte. Essa “guerra” invisível nos dados oficiais gera uma insegurança real para a população e coloca a vida dos policiais em risco constante.

Diante da maquiagem de dados e do abandono estrutural, o Sindpol-MG devolve a pergunta aos mineiros e ao governo: Em meio a tudo isso, existe segurança real ou apenas marketing político?

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