Tratamento diferenciado: Mais uma vez o Governo reconhece que a PCMG fica para trás.

Tratamento diferenciado: Mais uma vez o Governo reconhece que a PCMG fica para trás

Ao anunciar números de sua gestão, em reunião com todo o Secretariado, Governador deixa escapar tratamento diferenciado entre PMMG e PCMG e nem sequer menciona sobre concurso público e reposição de quadros para Instituição Policial mais sucateada do Brasil.

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Anastasia lança “agenda de legado” para projetar Aécio

Às vésperas do anúncio oficial do candidato do PSDB que vai disputar a sucessão no Palácio Tiradentes, previsto para a próxima semana, o governador Antonio Anastasia lançou ontem o plano de metas do governo estadual para o ano de 2014, agora chamado de “agenda do legado”. Além de garantir que “está tudo em ordem com as contas do Estado”, o tucano apresentou índices que comparam os resultados obtidos por Minas no ano passado com os de 2003 (veja arte abaixo), quando o hoje senador e presidenciável Aécio Neves assumiu o governo. Todos os números mostram o Estado em um cenário que, segundo o próprio governador, avançou nos últimos anos.
 

Durante reunião com o secretariado, o tucano indicou programas que ganharão fôlego neste ano nas áreas de educação, saúde, segurança pública, infraestrutura e Copa do Mundo. Tanto que um comitê foi criado, sob o comando do governador, para coordenar esses trabalhos. “É para termos prioridade em ações mais emblemáticas até o final do ano”, justificou Anastasia.

O lançamento de um plano de metas para 2014 faz parte, segundo lideranças tucanas, de estratégia adotada pelo PSDB para fazer do governo mineiro vitrine para a campanha de Aécio à Presidência da República, além de facilitar a permanência do PSDB no comando do Estado. Um dos objetivos é destacar ações lançadas pelo ex-governador durante os quase oito anos em que esteve à frente da administração estadual.

Não por acaso, as metas apontadas para 2014 têm a intenção de colocar Minas em um espaço de destaque nacionalmente. Um exemplo citado pela secretária de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, é o Programa de Intervenção Pedagógica (PIP), na área da educação, que, segundo ela, “vai fazer com que o resultado de Minas no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) seja ainda melhor”.

Afagos. Ainda neste ano, o governo mineiro vai criar uma forma de “afagar” os servidores públicos estaduais. Ontem, Anastasia e Renata Vilhena anunciaram o lançamento de um programa, além do já anual prêmio por produtividade, que incentiva o cumprimento de metas por parte do funcionalismo público.

“Estamos anunciando outros tipos de incentivo, como participação em eventos, capacitação, cursos de formação”, explica a secretária. Reajustes salariais, no entanto, não devem ocorrer de imediato. “Depende da lei de política remuneratória, vista em outubro”, finalizou.

Receita

2014. A previsão de crescimento da receita de Minas em 2014 é de 10% em comparação com 2013. “É otimista, mas estamos tratando com segurança”, diz o secretário de Fazenda, Leonardo Colombini.

Governador nega antecipação de saída 

O governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), negou ontem a possibilidade de antecipar para o início de março a sua saída do Palácio da Liberdade com o objetivo de concorrer ao Senado. Segundo ele, caso o partido decida por lançar o seu nome, ele só deixará a administração estadual após o mês de março, no período máximo de desincompatibilização de todos os agentes públicos.
 “Há uma possibilidade, ainda não confirmada de que uma eventual saída minha será no final do mês de março. A saída será no prazo previsto de desincompatibilização, sem nenhuma chance de antecipação”, declarou durante evento na Cidade Administrativa.

Mais uma vez, ele evitou cravar sua candidatura ao Senado. Nos bastidores, porém, já é dado como certa a transferência do governo para o atual vice, Alberto Pinto Coelho (PP), já nos primeiros dias de abril.

Segundo o governador, o que falta para o acerto em torno do seu nome é a escolha do cabeça de chapa ao governo mineiro. Ontem, no entanto, ao ser perguntado sobre qual bandeira deverá seguir no caso de se lançar ao cargo, ele escolheu o tema federalismo. “O Senado é a casa da federação. Acredito que os senadores devem atuar nesse fortalecimento da federação, que é muito importante”, argumentou o tucano.

Colombini quer votação em até 15 dias 

O secretário estadual de Fazenda, Leonardo Colombini, afirmou ontem que, mesmo com o adiamento, no Senado, da votação do projeto que muda o indexador da dívida dos Estados com a União, espera a votação do texto em até 15 dias, como foi acertado na Casa na última quarta-feira. A votação não ocorreu por falta de consenso na Casa.

Segundo ele, um parecer positivo à medida vai reduzir em quase R$ 4 bilhões a dívida de Minas e desacelerar o crescimento do débito. “Somos a favor da convalidação, mas queremos que junto venha a redução das alíquotas interestaduais”, disse.

Fonte: O Tempo