'Tarado do Dona Clara' é condenado a 29 anos de prisão por 11 estupros
A Justiça condenou Marcel Barbosa dos Santos, que ficou conhecido como "Tarado do Dona Clara", a 29 anos de prisão em regime fechado pelo estupro de 11 jovens, em outubro do ano passado, nas proximidades do bairro Dona Clara, na região da Pampulha. Cabe recurso.
A sentença foi dada pelo juiz Luís Augusto César Pereira Monteiro Barreto Fonseca e a pena foi reduzida em um terço, já que o magistrado levou em conta que houve confissão espontânea e que o réu, segundo atestado apresentado em laudo de sanidade mental, possuía "transtorno do impulso" e não tinha total conhecimento da ilicitude de seus atos.
Apesar de ser primário e possuir residência fixa, o magistrado não permitiu que o réu aguardasse o recurso em liberdade, devido à gravidade dos crimes e a “forma traumática” como foram praticados. De acordo com o descrito na sentença, a liberdade de Santos poderia “abalar a tranquilidade social da comunidade, afetar a ordem pública, gerando revolta e comoção na sociedade”.
Santos foi condenado pelo estupro de seis vítimas com idades entre 14 e 18 anos e outras três maiores de 18 anos. Ele também foi responsabilizado por abusar de duas menores de 14 anos, o que caracteriza estupro de vulnerável, e por tentar violentar uma outra adolescente, com idade entre 14 e 18 anos.
Ele está detido no presídio Inspetor José Martinho Drumond, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Recurso – De acordo com a assessoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), ainda não foi pedido recurso. A reportagem de O TEMPO tentou contato com a defesa do réu, mas ninguém atendeu às ligações.
Entenda o caso – Os ataques a jovens com idades entre 12 e 17 anos ganharam repercussão em outubro do ano passado, depois que moradores do bairro Dona Clara e Jaraguá divulgaram a situação nas redes sociais.
Santos era descrito pelas vítimas como um motociclista magro, alto, branco e com os olhos esverdeados, que atacava principalmente nas praças Santa Catarina Labouré e na Míriam Brandão.
Ele foi preso no dia 29 de outubro, na garagem de um edifício, na avenida Isabel Bueno, no bairro Jaraguá, região da Pampulha.
Na ocasião, Santos não ofereceu resistência à prisão mas, a princípio, negou tudo. Segundo a PM, ele chorou muito e disse ter sofrido abusos quando criança. Só então ele confessou que vinha cometendo os abusos desde setembro, e ainda que teria pensado em suicídio na manhã do dia em que foi preso, temendo o desenrolar do caso.
Fonte: O Tempo