SÃO PAULO. A Polícia Civil prendeu, na tarde de ontem, o homem suspeito de ter encomendado as mortes de seu sócio e da mulher dele, ocorridas na noite de anteontem, em um condomínio de Barueri, na Grande São Paulo. Um dos corpos carbonizados foi encontrado na manhã de ontem. Um outro corpo já tinha sido localizado na noite de anteontem.
A residência onde o casal vivia foi incendiada, segundo a polícia, por cinco suspeitos que foram presos horas depois de o local ter sido invadido. O casal foi esfaqueado antes do incêndio, que foi cometido para tentar despistar o crime encomendado.
Os presos sob suspeita pelo duplo assassinato usaram parte do combustível do gerador da própria casa invadida para incendiar o lugar, de acordo com os policiais civis que investigam o crime.
Para incentivar os cinco suspeitos pelo crime a invadir a casa, o sócio de uma das vítimas, segundo apura a polícia, disse a eles que o casal escondia cerca de R$ 80 mil em sua residência.
O sócio suspeitava que a vítima o teria enganado em transações na empresa, que confeccionava roupas. Já a vítima suspeitava que o sócio teria causado prejuízos a ele.
O crime foi descoberto após guardas civis municipais de Jandira, também na Grande São Paulo, flagrarem e prenderem quatro homens e uma mulher descarregando eletrodomésticos de um carro Mercedes ML 430 para um furgão Fiorino no Jardim Gabriela.
Após consultarem a placa do carro, os guardas descobriram o endereço das vítimas de roubo e avisaram a Guarda Civil Municipal de Barueri. Quando eles chegaram ao condomínio na alameda República do Uruguai, encontraram equipes dos bombeiros combatendo o incêndio que atingia a casa.
A polícia investiga se os dois corpos são do casal morador da casa. Um carro Citroën C3 das vítimas também desapareceu após o crime e ainda não localizado pela polícia.
Na delegacia
Confissão. Segundo o delegado Albano David Fernandes, de Jandira, os presos confessaram a participação nos assassinatos. A mulher detida, única a falar com a imprensa, negou envolvimento nos crimes.Delegado aguarda DNA
São Paulo. Mesmo com a informação da confissão dos detidos, o delegado ainda aguarda a conclusão de exame de DNA e possível reconhecimento dos corpos por eventuais parentes para confirmar se eles são mesmo dos donos da casa: um empresário de 68 anos e uma engenheira de 55. Um parente das vítimas e uma empregada do casal serão ouvidos pela investigação. As testemunhas disseram que as vítimas teriam tido desentendimentos por conta de uma sociedade numa empresa. Ao G1, a diarista afirmou que a mulher presa já havia ido à casa dos seus patrões no ano passado por duas vezes.
Fonte: Jornal o Tempo
Disponível em: http://www.otempo.com.br/noticias/ultimas/?IdNoticia=199682,OTE&busca=SOCIO%20E%20ACUSADO%20DE%20MANDAR%20MATAR&pagina=1
