Sindpol fiscaliza delegacias no interior e constata cenário de colapso na Polícia Civil de Minas Gerais

30 de maio de 2025

O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol/MG) realizou uma série de visitas a delegacias no interior do estado e encontrou uma realidade alarmante: falta de efetivo, condições precárias de trabalho e estruturas mantidas pelas prefeituras. As inspeções ocorreram nos municípios de Monte Carmelo, Patos de Minas, Patrocínio, Araçuaí, Salinas, Itinga, Coronel Murta e Virgem da Lapa.

Segundo o presidente do Sindpol/MG, Wemerson Oliveira, a situação em algumas unidades é crítica. A Delegacia Regional de Patos de Minas, por exemplo, conta com menos de 45 investigadores, número muito inferior ao necessário para atender a demanda da região.

Além disso, em diversas localidades, estagiários e servidores cedidos pelas prefeituras estão sendo obrigados a assumir tarefas que deveriam ser realizadas exclusivamente por policiais civis. Viaturas quebradas, falta até de água potável, e policiais fazendo escoltas sozinhos também foram denunciados.

“Estamos diante de um colapso operacional. É inadmissível que policiais civis sejam expostos a esse nível de abandono. Falta estrutura, falta efetivo e falta respeito do Governo de Minas”, denunciou Wemerson. Para o presidente do Sindpol, essa precarização compromete a segurança da população e expõe os servidores a riscos inaceitáveis.

O Sindpol reforça que a falta de efetivo é fruto da omissão do Governo Estadual, que há anos não realiza concursos públicos suficientes e não implementa políticas de valorização da categoria. O resultado é o aumento da criminalidade, a sobrecarga dos poucos policiais em atividade e o completo sucateamento das forças investigativas do estado.

Diante desse cenário, o Sindicato cobra a nomeação imediata de novos policiais civis e ações concretas do governo para garantir condições dignas de trabalho em todas as unidades. O Sindpol seguirá presente em cada canto de Minas, fiscalizando, denunciando e exigindo respeito à Polícia Civil e à população mineira.