Sindicato em Ação
Conforme planejamento os dirigentes do SINDPOL/MG em comitiva com a Direção da COBRAPOL, FEIPOL SUDESTE e FEIPOL SUL, fizeram côro com a Direção do SINPOL/RJ. Na defesa das ações do comandante Adonis Lopes, piloto Policial Civil dos quadros ativos da Corporação Policial Fluminense diante dos questionamentos e acusações em decorrência das operações do apoio aéreo que resultaram na morte do mega narcotraficante “Matemático” a cerca de 1 ano atrás. O vazamento de fragmentos de imagens dessas operações, fora do contexto geral e das circunstâncias em que elas foram registradas, foram exibidas de forma indevida, irresponsável e sensacionalista por uma emissora de TV expondo rostos, identidades e sigilos profissionais de Policiais que necessitam dessas prerrogativas para desenvolverem seu mister profissional de enfrentar criminosos perigosos e suas organizações e ainda resguardar, a sua segurança e de seus familiares das retaliações e atentados. Desnecessário ressaltar os inúmeros atentados sofridos por autoridades, Juízes e Policiais que atuam no confronto direto combatendo essa gama de criminosos que usando armamento pesado e de grande potencial ofensivo a cada dia causa espanto e insegurança à população.
A nossa intervenção sindical nesse caso é a de trazer apoio, transparência, esclarecimento e resgate da realidade dos fatos noticiados, e ao final exigir providências quanto aos excessos, abusos e impropriedades, omissões e até crimes ali ocorridos; e nesse sentido se faz necessário as seguintes considerações: O Comandante Adonis Lopes é um professor e excelente profissional, com uma ficha de 27 anos de relevantes serviços prestados à segurança pública do seu Estado e por que não dizer do Brasil, uma vez que, está no “Front” do combate àquela que é a maior chaga social do nosso tempo, que é o narcotráfico, que destrói vidas, famílias interrompe histórias, e é responsável pelo mapa da violência nos dias atuais no país e no mundo. Como Policial e Professor Adonis desenvolveu um conceito de estrutura de trabalho e apoio operacional e combate, que até hoje, é copiado e utilizado por Academias de Formação Policial de vários Estados inclusive fora do país. Como técnico habilitado, tem sua autonomia para adotar as medidas necessárias para garantir a segurança da aeronave, seus tripulantes e também a segurança das operações sem expor a riscos, terceiros ou até mesmo equipes e guarnições do solo cujo apoio aéreo era prestado em uma circunstância de fogo cruzado e revide dos suspeitos em perseguição.
A operação em questão, era a conclusão de um trabalho de mais de 6 meses chefiado pela Polícia Federal, que solicitou o apoio aéreo da Polícia Civil e do CORE ( Coordenação de Recursos Especiais) e também do 14º Batalhão, responsável pelo policiamento militar daquela região, logo não foi uma ação “solitária” desorganizada e sem planejamento, como noticiada de forma irresponsável pela mídia. Na operação “Matemático”; apenas os alvos objeto da mesma, que revidaram à abordagem Policial, foram vitimados, não havendo nenhuma baixa ou lesão a civis.
Nesta mesma operação, 2 veículos blindados, foram alvejados e atingidos várias vezes, ficando impossibilitados de progredirem na perseguição por terem seus pneus atingidos pelos tiros. Destaque-se ainda que os traficantes em perseguição também tinham apoio em solo o que dificultava ainda mais a progressão das equipes e guarnições. Que tudo isso foi relatado e registrado no saldo final das apurações, há mais de 1 ano e enviado ao MP e ao Judiciário na forma padrão. Que por questões de disputas internas menores no seio da Corporação para assunção do comando do SAER (Serviço de Apoio Aéreo) da PCRJ, essas imagens descontextualizadas foram “vazadas” para emissora, com o fito de atingir e desqualificar o trabalho do Comandante Adonis Lopes, que por questões disciplinares afastou, em caráter definitivo 1 membro de sua divisão. O que causou retaliações de sua chefia imediata, fazendo retornar as funções, aquele apenado desautorizando Adonis em sua condição, passando tal função a ser exercida, por um Delegado sem a devida qualificação técnica. Que após o afastamento a pedido do Comandante Adonis uma aeronave caiu vitimando o piloto Cláudio Cobo que se encontra em estado grave no Hospital Miguel Couto e mais outros 4 tripulantes Policiais. As causas de tal acidente estão sendo investigadas pelo CENIPA e há indícios de falha para déficit técnico. Que o cerne de todo este conflito se deve às disputas internas de questionamento de se o serviço de apoio aéreo e a liderança desse importante investigador piloto Policial de base ou um Delegado, (O que a nosso ver independe de cargo e sim da capacitação e qualificação técnica). O vazamento, ou fornecimento a titulo gratuito ou oneroso de imagens, arquivos e/ou documentos públicos caracteriza muito além que uma transgressão disciplinar uma ação de traição à sua corporação e aos seus colegas, e ainda conduta penal tipificada como crime de tráfico de influência, peculato, violação de sigilo profissional dentre outros. Conduta essa que já é objeto de apuração em procedimento instaurado por determinação da Chefia da Instituição a Delegada Maria Marta Rocha; que se recusou a receber os membros da Comitiva Sindical, que fizeram presentes, inclusive, na porta do prédio da Chefia na tarde de ontem.
Desnecessário lembrar que todos os dias as Polícias do RJ apreendem granadas, fuzis e armamento antiaéreo sendo abatidas várias aeronaves por esses criminosos demonstrando o tipo de poderio por eles utilizado, o que não pode de forma alguma ser tolerado pelo Estado, em defesa da população.
Devendo, portanto ter sempre uma resposta à altura com a proporção de força. Feitas essas considerações a Direção sindical da COBRAPOL e das Federações Sudeste e Sul de Policiais Civis, juntamente com a Direção do SINDPOL/MG deliberaram para emitir nota pública em repúdio a esse “complô” desenvolvido para desacreditar e descredibilizar as ações da Polícia Civil do Rio de Janeiro que tem se esforçado e dedicado em muito para mudar a história do domínio do narcotráfico, naquele Estado e no Brasil; e ainda manifesto de apoio às ações comandadas pelo Comandante e Professor Adonis Lopes profissional honesto dedicado e correto no desempenho das inúmeras missões a ele confiadas, Policial que muito nos orgulha de tê-lo como referência profissional no Brasil. Deliberaram também pelo monitoramento e acompanhamento direto e/ou através de nossos Departamentos e Bancas Jurídicas de toda a apuração desses fatos de vazamentos de informação quebra e violação de sigilo profissional de Policiais que atuam em grupo de elite e enfrentamento direto ao narcotráfico e ao crime organizado, que expõe a risco iminente e atual a segurança, a integridade física e a vida dos mesmos e seus familiares.
Finalmente também deliberaram por encaminhar e representar pela apuração e acompanhamento desses fatos ao Conselho Nacional de Segurança Pública e ao Ministério da Justiça para que ações, medidas administrativas e outras que couber sejam tomadas no sentido de se disciplinar em veículos de comunicação e emissoras de TV a veiculação de material, que quebrar sigilo profissional, prejudica investigações na desarticulação de organizações criminosas e beneficia criminosos. Nesse sentido avançar nos estudos para se criar um marco regulatório específico para se coibir essa prática que tanto dano tem causado ao serviço Policial, à promoção de segurança pública cidadania; e estabelecimento da ordem e da justiça.
A EXECUTIVA SINDICAL CONJUNTA
COBRAPOL,FEIPOL SUDESTE, FEIPOL SUL, SINDPOL/MG
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