Servidores públicos de MG fazem protestos contra os Governos Estadual e Federal

8 de novembro de 2016

Os servidores públicos de vários segmentos do funcionalismo se reuniram, nessa terça-feira (8/11), na ALMG, em protesto contra o descaso do Governo Estadual e pacotes de medidas nocivas aos servidores pelo Governo Federal. Dezenas de polícias civis, em conjunto com a direção do Sindpol/MG, também participaram do protesto, que ao contrário do que foi mobilizado, teve um número aquém do esperado, considerando os vários segmentos que foram convocados.

Divergência

Parte das lideranças ali presente, divergiram sobre o foco das pautas reivindicadas, uns concentrando mais na agenda Estadual (13º salário, 5º dia útil, data base de outubro); outros concentrando a atenção e o foco no pacote Federal de fragmentação e enfraquecimento do funcionalismo (PEC 241, que agora é PEC 55, Reforma da Previdência, Reforma Trabalhista e Sindical e seus respectivos reflexos).

Parte dos manifestantes, em sua grande maioria policiais militares, ao final do ato, partiram em passeata até a Praça Sete para concluir o protesto contra o Governo do Estado. Os demais segmentos se dispersaram ainda na ALMG.

O conjunto de servidores representados pelo Sindpol/MG, em discussão apartada, deliberaram por não participarem do protesto na Praça Sete, uma vez que grande parte era composta de caravanas do interior e entenderam por conclusivos os posicionamentos apresentados pelas lideranças do ato no pátio da ALMG, deliberando por concentrar suas ações de forma propositiva diante do Governo do Estado, através da direção do sindicato, e ainda deliberaram por concentrar, de forma mais enfática, nas ações colegiadas a nível nacional contra o pacote de medidas do governo Temer, que no entender dos presentes, massacram e prejudicam de forma ainda mais dura o conjunto dos servidores. Reivindicaram da direção do Sindpol/MG maior rigor na pressão, através de ações judiciais, ações políticas contra o Governo Pimentel, e mais viagens e deslocamentos da direção do sindicato até o interior do Estado para prestar mais esclarecimentos e propor soluções aos filiados do interior, fortalecendo a militância da categoria.

As lideranças do interior ainda cobraram da direção do Sindpol/MG um posicionamento acerca do fraco comparecimento dos servidores da capital, não só dos policiais civis, mas do conjunto dos servidores, uma vez que a convocação era conjunta. Nesse sentido o presidente e os demais diretores, tentaram esclarecer que esse fenômeno não é novo, mas que talvez se explique a proximidade de BH do Centro de Poder e controle central das instituições, proximidade da cúpula propriamente dita, sendo assim, o receio de pressões de chefias é maior, mormente após a novidade do entendimento do STF, acerca do corte de ponto no serviço público.

Novos desafios contemporâneos, com os quais as direções sindicais e o movimento sindical, como um todo, terão que conviver e superar nesses tempos de crise e de uma agenda conservadora e radical em todas as esferas de governo e poder que se instalou em nosso país, mas novamente é preciso entender e se alertar para o exemplo do RJ, que também, nessa tarde, diante de uma radicalização do Governador e da classe política, jogando no colo dos funcionários públicos e das classes menos favorecidas, a conta da incompetência, do desgoverno e da corrupção, para que esses, com o seu sacrifício, façam o pagamento. Logo se vê que essa medida não colou.

Novos protestos estão marcados para os dias 11 e 25 de novembro, e mais reuniões em BH e Brasília, já estão sendo agendadas, mais uma vez é importante a participação de todos, para que alcancemos os resultados esperados.