Reunião do Governador com Chefes de Departamentos da PCMG e Comandantes de AISP’s da PM
Na tarde desta quarta feira (1/02),o Governador do Estado, Antônio Augusto Anastásia, se reuniu, em caráter de monólogo (pois só ele falou), com todos os chefes de departamento da Polícia Civil e comandantes de Batalhões, além do Chefe da Polícia, Dr. Jairo Léllis e do Comandante Geral da PM, Renato de Souza, a mensagem dada pelo governador era de que não havia crise na segurança pública, que a integração entre as polícias é irreversível, que não há disponibilidade de recurso para aumento ou reajuste de salários e que, em sendo os cargos de confiança do governador, os ocupantes dos mesmos, deviam a ele lealdade e obediência, e em razão disto, deveriam aplicar a disciplina em seus comandados.
Ridículo e ultrajante
O cerimonial do Governador exigiu dos participantes que os mesmos se postassem em volta da mesa, intercalando um policial civil e um militar (demonstrando uma integração fictícia), como se fosse uma cirandinha bonita para sair na foto. Fato que para o SINDPOL/MG é mais um ato de humilhação aos bravos homens e mulheres forjados para o enfrentamento e combate ao crime e à violência.
O comandante em chefe argumentou ainda que no último governo, Aécio/Anastásia, a segurança pública foi a pasta que mais investimentos recebeu, e que por isso não teria mais justificativa para a reivindicação de mais investimentos. O mesmo prosseguiu dizendo que respeita o sindicato, mas que não toleraria oportunismos. A reunião terminou sem que qualquer presente pudesse fazer manifestações ou perguntas, fato que causou constrangimento para muitos participantes.
Análise do sindicato
Acionado por Delegados que participaram desta reunião e ficaram indignados com a frieza e falta de respeito do Governador para com os presentes, os dirigentes do SINDPOL/MG têm a dizer o seguinte: há uma crise sim, e grave, na segurança pública, caso contrário o Governador não teria convocado essa reunião emergencial.
Segundo: o Governo esta preocupado com esta política pública chamada integração, sendo aplicada “goela abaixo” e a fórceps, sem se respeitar as especificidades, o processo histórico e as atribuições de cada uma das organizações policiais.
No tocante à valorização salarial, todos os anos, a argumentação é a mesma: não tem dinheiro, mas quando o movimento se recrudesce, o dinheiro aparece, pois administrar nada mais é que a arte de se priorizar, uma vez que, sendo o ser humano marcado pela incompletude, as demandas são sempre infinitas e os recursos finitos.
Finalmente, o SINDPOL/MG entende que a postura dos operadores de segurança pública, tanto da Polícia Civil, quanto da Polícia Militar e Suapi, têm que permanecer firmes, reivindicando valorização e investimento, porém a que se prevalecer o respeito pessoal e institucional de cada corporação e de cada membro, sem invadir ou usurpar funções ou atribuições de cada instituição. O SINDPOL/MG reafirma que a crise existe e pode se agravar se o Governo não estabelecer tratamento justo, isonômico e igualitário respeitando a lei, nos investimentos destinados à PCMG e PM, sem perder de vista o real sucateamento atravessado por essa primeira.