A partir de hoje, a primeira das cinco unidades do moderno complexo penitenciário de Ribeirão das Neves, na região metropolitana da capital, construído por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP), receberá detentos de outros presídios do Estado. Apesar de não ser de segurança máxima, o lugar receberá traficantes, homicidas e criminosos pertencentes às organizações criminosas, conforme explicou o secretário de Estado de Defesa Social, Rômulo Ferraz.
"Vamos priorizar receber os presos que têm ligações com o crime organizado, como alguns que estão cumprindo pena na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem. Além disso, vamos olhar para aqueles que tenham cometido crimes mais graves para que eles possam ser ressocializados", informou o secretário. Por segurança, a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) não informou de quais penitenciárias eles serão transferidos. Em três semanas, todos os 608 detentos devem estar na nova unidade cumprindo suas penas.
Outro critério de seleção para os presos do novo complexo será a capacidade de aprendizado deles. Segundo a diretora da unidade setorial de PPP da Seds, Maria Cláudia Machado, os detentos serão avaliados antes de entrarem na unidade prisional e terão preferência os que tiverem aptidão e interesse por trabalhar e estudar. "Todo preso que entra na unidade é avaliado psicologicamente e por grau de instrução. Temos que cumprir um indicador de 90% dos presos trabalhando", disse Maria Cláudia. Ela disse que a principal intenção do presídio é propiciar a ressocialização do preso.
Elaborado em parceria com o consórcio Gestores Prisionais Associados (GPA), que investiu R$ 280 milhões na construção do complexo, a penitenciária não terá agentes armados na parte interna.
Fonte: Jornal o Tempo.