Policiais ocupam ALMG e pedem CPI contra suspeitos de tráfico.

Policiais ocupam ALMG e pedem CPI contra suspeitos de tráfico

Cerca de 120 policiais civis fizeram uma manifestação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul da capital, nesta quinta-feira (28). Eles protestaram contra a extinção do Fundo de Previdência de Minas Gerais (Funpemg) e pediram investigações rigorosas, inclusive com abertura de CPI, contra deputados suspeitos de envolvimento com tráfico de drogas.

No início da manhã, os policiais fecharam a MG-010, no bairro Serra Verde, na região Norte de Belo Horizonte, como forma de protesto contra a extinção do Fundo de Previdência de Minas Gerais (Funpemg). Eles liberaram a via e seguiram em direção a Assembleia Legislativa.

Já na Casa do Legislativo, os policiais protestaram contra o suposto envolvimento do deputado Gustavo Perrela com o tráfico de drogas. Ele fizeram um "farinhaço" – em alusão à droga apreendida em um helicóptero pertencente a uma empresa da família do senador mineiro Zezé Perrella – e jogaram aviões de plástico no plenarinho quatro. No último domingo, uma aeronave foi apreendida com mais de 440 kg de pasta base de cocaína, na zona rural de Afonso Cláudio, na região Serrana do Espírito Santo (ES). Além disso, também foram encontrados R$ 16 mil em dinheiro na aeronave. Piloto, copiloto e dois homens que receberiam a droga foram presos.

Durante o protesto, houve bate-boca entre um dos policiais e o deputado José Maia (PSDB). De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol-MG), Denílson Martins, a confusão começou depois que o parlamentar defendeu Gustavo Perrela. O deputado teria até tentado agredir um dos policiais com uma cadeirada, como explica o presidente do sindicato. "Ele tentou dar uma cadeirada em um dos policiais, por que ficou nervoso quando a gente pediu a criação de uma CPI para investigar o envolvimento  deputados com o tráfico de drogas. Aqui tem muita gente suspeita", disse.

Fonte: O Tempo