Polícia recolhe arma que teria sido usada para matar fotógrafo de Fabriciano A polícia investiga se um revólver calibre 38 apreendido na tarde desta sexta-feira (26) em Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, foi usado na execução do repórter fotográfico Walgney Carvalho, de 43 anos. A arma foi apreendida na casa de um homem – que segundo denúncias anônimas à PM é primo de um dos suspeitos da morte do jornalista – e encaminhada para exame de balística, na capital. Segundo o capitão Jésus de Abreu, F.J.O.S., de 24 anos, residente no bairro Sílvio Pereira II, guardava em casa um revólver que pertencia ao primo dele, F.S., o Lacraia, um dos investigados pela morte do fotógrafo. A arma estava com quatro cartuchos intactos e, junto dela, havia munição. F.J. disse aos policias que comprou o revólver por R$ 2 mil. Ele foi preso por porte ilegal. Vinte mortes O Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de BH investiga pelo menos 20 mortes no Vale do Aço. Entre as vítimas está o repórter Rodrigo Neto, de 38 anos, e o fotógrafo. Eles investigavam crimes não apurados e praticados por um grupo de extermínio, supostamente formado por policiais militares e civis. Na quinta-feira, três agentes suspeitos de envolvimento nos crimes foram presos, elevando para seis os detidos. São dois policiais civis e um PM, apontado como o responsável pelos “crimes da moto verde” – uma série de homicídios praticados em Ipatinga entre os anos de 2007 e 2008. Um dos seis detidos, um médico-legista, teria sido solto na quinta-feira, por força de um habeas corpus, mas a PC não confirmou a informação. O governador Antônio Anastasia esteve em Ipatinga e teve um encontro reservado com familiares dos jornalistas assassinados. Ele prometeu empenho pessoal.
Fonte:Hoje em Dia