O primeiro dia de paralisação de advertência nessa terça-feira contou com a adesão histórica de mais de 85% das unidades em todo o estado. A exceção foi na área circunscrita do 2º Departamento de Betim, Contagem, (chefiado pela Dra. Vânia Godoy, que mais uma vez tem se posicionado contrária ao movimento reivindicatório), Delegacia Regional do Barreiro em Belo Horizonte e Delegacia Regional de Uberaba, (chefiada pelo Delegado Regional Dr. Francisco) isso por causa da visão míope desigual e descompromissada dos chefes dessas referidas unidades de polícia, que devem estar satisfeitos com seus salários e com a forma respeitosa com que o governo lhes trata. Mas a maioria dos policiais e servidores dessas unidades têm resistido e buscado cumprir as orientações do SINDPOL/MG e a diretrizes aprovadas em Assembléia Geral.
O dia na sede do SINDPOL/MG, ao contrario, foi de muita agitação e mobilização assim como nas demais Regionais Sindicais do interior, pois estivemos prestando esclarecimento a centenas de colegas a respeito dos tramites e diretrizes desse dia de paralisação de advertência, seja via telefone , atendimento on-line ou por atendimento pessoal na sede. Alem da atualização em tempo real das informações no portal oficial do SINDPOL/MG.
Também foi expedido, via sedex, milhares de folders informativos para o interior alem da remessa dos mesmos na capital e região metropolitana com o fito de se esclarecer a sociedade a respeito da mobilização. Esse trabalho continua amanhã no segundo dia de paralisação.
Na parte da tarde, a diretoria do sindicato realizou panfletagem na Cidade Administrativa orientando e convocando os demais servidores a aderirem a mobilização.
O Presidente, o Secretario Geral e o Diretor Administrativo do SINDPOL/MG, nesta oportunidade, também se reuniram com o Chefe da Polícia Civil, Dr. Jairo Lellis, e o Chefe de Gabinete, Dr. Gustavo Botelho, para reportaram aos mesmos a conjuntura do movimento, nível de adesão e envolvimento da base além de reclamarem e alertarem do risco de conflito face a deslealdade e ingerência impostas por algumas chefias de departamentos e regionais que insistem em não reconhecer e desconsiderar a legitimidade e autonomia do movimento reivindicatório, assediando, constrangido, provocando e ameaçado servidores que aderiram ao movimento. Os dirigentes sindicais ponderaram do perigo e risco iminente dessa conduta incompatível e arbitrária adotada por alguns desses servidores temporariamente em cargo de chefia. Foi informado que o SINDPOL/MG espera providências administrativas para se evitar mal maior, pois na quinta-feira espera-se retomar a normalidade no funcionamento das unidades sem quaisquer transtornos, danos ou seqüelas. A entidade também estará acompanhando e identificando e individualizando as ações e condutas arbitrárias e assediadoras para devido ajuizamento e demais providencias cabíveis.
Às 17:00 horas, representando a Coordenação Intersindical do Serviço Público, o Presidente Denílson Martins juntamente com o Secretário Geral ,Cláudio de Souza ,e do Diretor Administrativo, José Maria, participaram de reunião em caráter de emergência com o Sub-Secretário para tratar de assunto da pauta comum da proposta de política remuneratória para o funcionalismo público onde também participaram os demais membros da Coordenação Intersindical. Nessa reunião foi tratado da imperiosa necessidade do governo estabelecer uma forma de valorização permanente da massa salarial do funcionalismo. Também foi colocado que, não obstante essa pauta geral, tem que haver também atendimento para casos específicos onde a defasagem e a desestruturação passam por questões históricas, como é o caso da Polícia Civil cuja remuneração é a pior do Brasil e o quantitativo de pessoal e o mesmo da década de 80, o que é um absurdo.