Notícias da greve: Direção do SINDPOL/MG e comando de greve se reúnem no DHPP/BH, recolocam cartazes e mobiliza a categoria.
Na tarde desta terça-feira, 09 após receberem a denúncia de filiados de que por ordem da Chefia do DHPP os cartazes da greve haviam sido arrancados e que grevistas estavam sendo hostilizados por estarem cumprindo escala mínima, o comando de greve diligenciou até aquela unidade e no compromisso de diminuir o conflito e reestabelecer os direitos sindicais dos trabalhadores, se reuniu com o Chefe do Departamento Wagner Pinto com os Inspetores Adjunto Lúcio e Paulo Olegário e ponderaram sobre as prerrogativas do movimento grevista, o direito de expressão dos Policiais e o risco de improbidade administrativa e assédio moral. O Presidente do SINDPOL/MG Denílson Martins e o Vice-Presidente Toninho Pipoco esclareceu as Autoridades e aos Policiais que a greve é direito legítimo de toda classe trabalhadora principalmente o serviço público tão sucateado como é a PCMG.
A convenção 151 da OIT o artigo 8º da Constituição Federal. A lei 7783/89 e demais dispositivos infraconstitucionais estabelecem de forma clara quais são os limites da administração e dos Servidores em greve, não podendo em hipótese alguma o SINDPOL/MG permitir que ocorram abusos e arbitrariedades de ambos os lados. Esse posicionamento também é reforçado pela Comissão Nacional de Direito Sindical da OAB, pela União Geral dos Trabalhadores-UGT e demais Centrais Sindicais que acompanham de perto todo o tramite da greve desde seu início.O Presidente atribui o atraso institucional da Instituição à postura da maioria dos Chefes da Administração Superior, que pratica “proselitismo e eufemismo institucional” amenizando e maquiando o estado de esgarçamento, vulnerabilidade e sucateamento porque atravessa o tecido institucional da PCMG.
O Vice-Presidente Toninho Pipoco reforçou que essa postura aconteceu em 88 quando da promulgação da Constituição Federal e a Polícia Civil ficou para trás e agora, mais uma vez os Chefes escondem a realidade falando que está tudo bem em um momento de transformação social. Logo, não podemos aceitar esse estado de coisas sob pena de não evoluirmos mais uma vez. Por tudo isso os Dirigentes Sindicais informaram que é mais que necessário o instrumento da greve para fazer pressão no Governo do Estado para se aprovar não só a nova Lei Orgânica da PCMG, mas também um novo modelo de segurança pública para a sociedade, pois o povo está na rua clamando por isso, legitimando nossa reivindicação, não é possível que nós mesmos não valorizemos este instrumento. Sendo assim os Dirigentes mais uma vez reforçaram a necessidade de se manter e cumprir estritamente a cartilha da greve até que o Governo transija e atenda as reivindicações da categoria Policial por isso, é importante que qualquer ato abusivo ou atentatório seja informado ao SINDPOL/MG para que as providências judiciais e administrativas cabíveis sejam tomadas pelo Sindicato através de sua banca Jurídica e demais instrumentos competentes. O Presidente do SINDPOL também reforçou a tese e o posicionamento de que diante das especificidades e da peculiaridade de uma conjuntura de greve na Polícia, onde diante das pressões e situações adversas, o estado psicológico e o tônus intelectual de cada Policial estejam obviamente abalados e não seria razoável nem aconselhável que operações Policiais instrumentos que exigem a concentração, o foco, dedicação e capacidade intelectual e reativa do profissional são mais exigidos logo, o risco de um incidente de proporções irreparáveis não está afastado, nesse sentido o Presidente do Sindicato com toda a sua experiência e mais de 23 anos de Polícia orientou a todos que refletissem sobre estas ponderações e que seria de bom alvitre que operações dessa monta fossem adiadas para um momento onde a força Policial estivesse empenhada na sua plenitude. Ainda nesse sentido após uma consulta aos presentes por unanimidade todos se posicionaram contrários à realização de quaisquer operações durante este período em razão do fator psicológico e dos demais motivos elencados acima.
Após a palestra dos Dirigentes Sindicais todos os cartazes que foram arrancados foram recolocados em quantidade ainda maior, na forma adequada sem prejudicar a utilização do espaço público ou quadro de avisos e afixação de documentos.
O Presidente Denílson Martins deixou bem claro que o direito de expressar a mensagem lícita do movimento através dos cartazes é prática costumeira de todas as demais carteiras típicas de Estado quando reivindicam suas pautas de greve, assim como no Poder Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas, Secretarias e Ministérios da Fazenda e é exatamente por isso e por casa disso que são valorizados e encontram atendidas suas demandas pelos governantes lamentavelmente em nossa Instituição nossas Chefias e Dirigentes ainda não acordaram para esta novidade dos tempos modernos e democráticos nos quais estamos inseridos, mas o SINDPOL/MG não abre mão de reivindicar estas premissas sob pena de resolve-las e equaciona-las nos balcões do Poder Judiciário demandando por improbidade administrativa e reivindicando reparação por dano moral lucro cessante, eventualmente causados as partes e ao Sindicato.