Manifestações: Presidente do Sindpol participa de reunião na Comissão dos Direitos Humanos.

Na manhã desta quinta-feira, o Presidente do SINDPOL/MG Denílson Martins participou da reunião extraordinária da Comissão de Direitos Humanos, convocada para avaliação e providências cabíveis no tocante a excessos por parte do poder público e também atos de vandalismo nas últimas manifestações ocorridas na capital.

Os Deputados ouviram várias reclamações de dano ao patrimônio público e privado, vandalismos e, também, denúncias de excessos e violência por parte de guarnições da Polícia Militar que reprimiram com energia manifestantes em alguns casos e não atuaram com rigor necessário em outros.

O Presidente Denílson Martins posicionou acerca da ação judicial promovida pelo Governo do Estado, proibindo manifestações de qualquer natureza por parte de sindicatos e entidades da sociedade civil organizada durante todo o período da Copa das Confederações.

Na visão do sindicalista, esta medida antipática e inconstitucional pedida pelo Governo e exagerada pelo Desembargador Barros Levenhagen foi o estopim para se deflagrar uma indignação generalizada por parte dos manifestantes, ao mesmo tempo que inibiu a ação dos líderes e dirigentes que se sentiram intimidados com a possibilidade de terem que arcar de serem responsabilizados pelo bloqueio diário de R$500.000,00 (quinhentos mil reais) e/ou confisco e penhora de bens próprios dos sindicatos e entidades.

O afastamento destes líderes culminou por insuflar uma “massa sem coordenação e sem limites”, sem líderes ou negociadores que pudessem contribuir na coordenação desse movimento.

Na visão do Presidente do SINDPOL/MG, o Governo e o Desembargador acabaram dando um “tiro no pé”, pois a ação dos líderes e dirigentes classistas é de fundamental importância na organicidade, coordenação e objetividade de todo e qualquer movimento.

O Presidente Denílson Martins também corroborou com as informações de que líderes do movimento estudantil como, por exemplo, o Vice-Presidente da UBES (União Brasileira Estudantil), o jovem Gladson Reis, relatou sim ao mesmo estar sendo vítima de ameaça de morte, estando sua vida correndo risco pelo fato do mesmo estar à frente das mobilizações.

O Presidente Denílson Martins reafirmou conhecer a trajetória de vida do líder estudantil desde a infância sendo uma grande liderança no meio da juventude e de idoneidade moral inatacável, sempre presente nas lutas populares e na defesa dos princípios da dignidade humana e das liberdades civis.

O sindicalista solicitou aos Deputados que não só empenhassem na apuração da procedência dessas ameaças como também aprovassem a inclusão da pessoa do líder estudantil Gladson no Programa Nacional de Proteção de Testemunhas, solicitação que foi prontamente aceita e aprovada pelos presentes através de requerimento.

O Presidente Denílson Martins também se colocou à disposição das autoridades para participar e acompanhar todas estas mobilizações, auxiliando e liderando naquilo que couber, inclusive já se predispôs a atender o convite para comparecer na reunião do gabinete de crise capitaneado pelo Ministério Público no sentido de acompanhar todas as manifestações legítimas, sem vandalismo e sem violência Policial por ser esse um direito sagrado e legítimo da sociedade no Estado democrático de direito.