Grevedo Funcionalismo: Polícia Civil pode parar se Governo não cumprir acordo em texto de Lei Orgânica
Aproveitando o ano pré-eleitoral, os sindicatos dos servidores públicos de Minas Gerais prometem intensificar as campanhas por melhorias em suas categorias. Apesar de as cartas de reivindicações serem semelhantes às apresentadas em anos anteriores, a perspectiva dos dirigentes das entidades é que a negociação seja facilitada, já que, no momento, o objetivo maior do governo é fazer de sua administração "vitrine" para 2014.
O Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas (Sind-UTE) já organiza uma greve para os próximos dias 23,24 e 25. "Desde novembro de 2012, não conseguimos uma reunião com o governo. A nossa esperança é que, neste ano, aumentando a pressão por melhorias, a gente obtenha uma vitória. Se não tiver negociação, já avisamos: vai haver paralisação", advertiu a coordenador geral da entidade, Beatriz Cerqueira. Uma das principais reivindicações da categoria continua sendo o pagamento do piso salarial dos professores.
Quem também já estuda entrar em greve é o Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas (Sindpol/MG). O diretor de mobilização e formação sindical da entidade, o investigador Adilson Bispo, explica que, desde 2011, negocia com o governo de Minas a aprovação de projeto de lei na Assembleia que disciplina o trabalho da Polícia Civil no Estado. No ano passado, um texto chegou a ser enviado ao Legislativo, mas ele não atendia às reivindicações da categoria.
"O Executivo disse que, na segunda-feira, mandaria um novo projeto à Casa. Ontem, nos pediu mais 20 dias", lamentou o diretor. Bispo explica que a categoria se encontra em "estado de alerta". "Se o projeto não nos atender, vamos fazer mobilização, fechar estradas, como fizemos na Linha Verde. Se precisar, vamos deixar de trabalhar na Copa das Confederações, na Copa do Mundo. Não importa se ano que vem é ano eleitoral", disse. Uma das mais importantes demandas do grupo é o aumento do efetivo para 18,5 mil homens.
Nacional.
Aproveitando a "aversão" do Palácio do Planalto a quedas de braço com o funcionalismo em período pré-eleitoral, os servidores públicos federais também vão intensificar suas mobilizações. No dia 24, as categorias vão paralisar e protestar por mais agilidade na negociação com o Ministério do Planejamento. "A nossa pauta central é a negociação salarial. Cabe ao governo pensar se quer uma paralisação nacional próximo do ano eleitoral", ressaltou o secretário geral da Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef), Josemilton Costa.
Trabalhadores da PBH anunciam greve no dia 30
Os servidores da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) decidiram, ontem, em assembleia, iniciar uma greve geral a partir do próximo dia 30. Cerca de 2.000 trabalhadores participaram da reunião na praça da Estação, região Centro-Sul. A paralisação foi definida sob a justificativa de que a prefeitura não tem atendido às reivindicações dos servidores.
Os manifestantes querem reajuste salarial e do vale-refeição, melhores condições de trabalho, cumprimento do piso salarial para os professores e concurso público para todas as áreas da prefeitura.
"Desde o dia 13 de março, estamos repassando nossas reivindicações para a prefeitura, mas não recebemos nenhuma resposta", afirmou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública (SindiRede-BH), Luiz Roberti.
Em nota, a prefeitura informou que, "em decorrência do reajuste remuneratório já concedido em 2012, as despesas com pessoal em 2013 terão aumento de 11,93%", e que, de 2007 a 2012, "os servidores tiveram reajuste médio de 55,92%". Sobre as negociações com os servidores, a prefeitura garantiu que "tem mantido discussões constantes com os sindicatos".
Fonte: http://www.otempo.com.br