Direção do SINDPOL/MG participa de audiência pública sobre incidente ocorrido com sargento do Gate
Conforme prévio agendamento, a Direção do SINDPOL/MG e dezenas de policiais civis, se fizeram presentes na audiência pública da ALMG, convocada pela Comissão de Direitos Humanos para tratar sobre questões envolvendo o trágico incidente que vitimou um sargento do Gate, no último dia 15, em um baile funk no município de Esmeraldas.
A finalidade da audiência foi a de esclarecer indagações acerca das circunstâncias em que este trágico episódio aconteceu.
O presidente e o vice do SINDPOL/MG fizeram uso da palavra e, mais uma vez, expuseram que o momento é triste, preocupante e difícil, pois trata-se da morte de um colega de profissão em circunstâncias que poderiam ser evitadas. Falaram das distorções da política de integração, que em momentos como esse, deixa claras as fissuras de uma estrutura que a cada dia caminha a passos largos para a ruína, em razão da aplicação injusta de recursos, o que relega a Polícia Civil ao sucateamento.
Em seu pronunciamento, o presidente Denílson deixou evidente que todos querem uma política de integração que valorize todo o arcabouço do sistema de segurança pública, e não a prática viciada de escolher uma instituição para investimento e outra para se sucatear. Falou que: “a integração é como uma nuvem que despeja chuva torrencial de benesses no terreno seco da lavoura da segurança pública em Minas Gerais, porém, não há vento que sopre para que tal nuvem de chuva de bondades passe para o outro lado da cerca, onde a lavoura da Polícia Civil está secando, por um longo período de estiagem”. O vice-presidente Antônio Marcos (Toninho Pipoco), também fez coro com o presidente Denílson e com o presidente do Centro Social de Cabos e Soldados, Cabo Coelho, de que a integração entre as polícias realmente é uma farsa, e que a injustiça na aplicação de recursos e investimentos para a Polícia Civil, é vergonhosa e injusta; essa fala foi corroborada com o posicionamento do Deputado Durval Ângelo, que também concorda que os problemas da Polícia Civil em relação a PM, no tocante a efetivo, valorização e meios, são aplicados de forma diferenciada.
Finalmente, o presidente Denílson indagou ao Deputado Sargento Rodrigues, que defende a integração da forma como está, e que tem alardeado que, é preciso punições para quem não apoiar a política de integração; para que o Deputado indicasse, um ponto sequer, que essa política aplicada de forma injusta, tenha beneficiado os policiais civis e a Instituição, de forma clara e direta: resposta que o deputado não soube dar. Logo, se conclui que a política de integração teve efeitos positivos somente para a Polícia Militar, e quanto à sociedade, a mesma política, após 9 anos de implantação, não conseguiu reduzir, tampouco controlar os índices de criminalidade e violência, que crescem a cada dia.