Direção do SINDPOL/MG apura possível denúncia de assédio moral e abuso de autoridade praticados por delegado da 1ª Delegacia Regional de Santa Luzia.

Direção do SINDPOL/MG apura possível denúncia de assédio moral e abuso de autoridade praticados por delegado da 1ª Delegacia Regional de Santa Luzia

Na tarde desta Quinta-Feira (6), em atendimento a solicitações e reclamações do conjunto dos policias filiados lotados na 1ª DP de Santa Luzia do bairro Palmital, os dirigentes do SINDPOL/MG diligenciaram em inspeção sindical para ouvir in loco e analisarem a procedência das graves denúncias em face do delegado Dr. José Olegário de Oliveira, o qual, em tese, estaria assediando moralmente os policiais e servidores daquela unidade, ameaçando-os com portarias de sindicâncias e processos administrativos, além de proibições de frequentar faculdades e ministrarem aulas na Acadepol casos esses não cumprissem suas determinações de só vestirem uniformes pretos, ostentando as indumentárias da Polícia Civil e ainda de praticarem aulas de artes marciais às terças-feiras na casa do delegado, além de, para isso, terem que pagar uma taxa de R$ 30,00 mensais, dentre outras exigências no mínimo discutíveis.

Os dirigentes, após ouvirem os policiais tentaram entrar em contato com o delegado, mas esse, curiosamente ao contrário do que exige daqueles policiais, não se encontrava naquela unidade desde o período da manhã e também não atendeu aos telefonemas realizados pela Direção do SINDPOL/MG. Diante deste fato, os dirigentes se dirigiram até a sede da Delegacia Regional e iniciaram apuração dos fatos ouvindo o inspetor e o delegado da regional que confirmaram as dificuldades de relacionamento entre os policiais e o referido delegado inclusive que, a totalidade dos policiais lotados na 1ª DP manifestaram a vontade de se apresentarem à sede da Regional por não conseguirem mais trabalhar com a referida autoridade policial diante dos frequentes assédios e ameaças proferidas pelo mesmo. Segundo informações, foi exatamente este fato que motivou a ira do delegado que, em reunião no último dia 05/09 (quinta-feira), cassou direitos de servidores como frequência em aulas e também novamente, intensificou a gama e a energia dos assédios, injúrias e ameaças.

Da parte do Delegado Regional Dr. Elias Oscar, foi informado que a princípio indeferiu o ofício da lavra daquela autoridade policial e orientou em tom de advertência para que cuidasse melhor das relações com os policiais, uma vez que tratam-se de servidores novos, em formação e sem antecedentes funcionais, a até então demonstram bom desempenho,  boa predisposição profissional e bom comportamento.

O mal do protegido é o protetor

Para estarrecimento da Direção do SINDPOL/MG, mesmo diante do indeferimento do Delegado regional, em uma atitude sóbria, equilibrada e legalista, reconhecendo os possíveis danos a serem causados à população carente do serviço da polícia judiciária, com a ausência dos policias destacados meio expediente das terças-feiras “PARA AS LUTAS NA CASA DO DELEGADO”; o Chefe do 3º Departamento, Dr. Anderson Alcântara, não viu mal algum nisso, como o mesmo determinou “NÃO ME OPONHO”, desconhecendo de pronto até a possível improbidade administrativa na prática do delegado em cobrar R$ 30,00 de cada policial por um benefício “DISPONIBILIZADO”em sua casa, isso sem falar no prejuízo ao erário e à população, uma vez  que estes servidores  recebem dos cofres públicos e estavam sendo liberados em horário de expediente para atividades escusas ao interesse público, na CASA DO DELEGADO, em outro município.

A Presidência do SINDPOL/MG arrecadou peças documentais e gravação de áudio para a formação do conjunto probatório para interposição das ações cabíveis para o restabelecimento dos direitos dos trabalhadores daquela unidade, e já determinou ao departamento jurídico todas as providências necessárias pra este fim.

A direção do SINDPOL/MG entende que as denúncias são gravíssimas e que, se não forem apuradas, poderão gerar um grave precedente para as relações de trabalho no âmbito da Polícia Civil, uma vez que o denunciado é reincidente nesta prática e diante disso, não transigirá e não negociará em nenhum ponto, quando o que está em jogo é a dignidade humana  profissional de seus trabalhadores.

 

Veja denúncia feita pelo SINDPOL/MG aos órgãos de imprensa.