Conheça a história da única piloto mulher do NOA e da Polícia Civil no Brasil
O Sindpol/MG nesse Dia Internacional da Mulher presta a homenagem a todas as mulheres, e por isso, vamos contar a história da guerreira que faz a diferença em nosso Estado, Janaína Leite Moreira, investigadora e copiloto do Núcleo de Operações Aéreas da Polícia Civil (NOA), a primeira policial civil piloto do grupo e do Brasil.
No passado as mulheres eram criadas com pensamento de contos de fadas, que a felicidade só seria alcançada com a chegada do príncipe encantado, e a vida deveria imitar essas histórias. No entanto, com o passar do tempo, essa visão mudou e a mulher saiu da condição de submissão, se tornou independente, alcançou o mercado de trabalho, inclusive profissões que eram exclusivamente masculinas, como a da entrevistada.
Dessa maneira decidimos homenagear todas as mulheres contando a história de vida profissional dessa guerreira, que é uma policial civil. Janaína entrou para a polícia em 2002, foi soldado da Polícia Militar, mas em 2006 decidiu ingressar na Polícia Civil como investigadora e, há dois anos e meio, integra o Núcleo de Operações Aéreas da Polícia Civil (NOA), como copiloto. A investigadora conta que desde criança sempre sonhou em ser piloto, imaginava decolando e pousando sem ao menos ter chegado próximo de um helicóptero. Mas para realizar esse sonho a caminhada não foi fácil Janaina não tinha o recurso financeiro necessário para fazer o curso aos 18 anos, teve que trabalhar até conseguir esses recursos para fazer o mesmo, após essa etapa tiveram as horas de voo imprescindíveis para se formar como piloto.
A investigadora relata como é ser uma mulher policial, segundo ela com o tempo você se acostuma. “É o que eu sonhei para mim, se eu não fosse piloto na Polícia Civil eu não saberia falar o que outra coisa eu gostaria de fazer, porque hoje faço o que gosto. Demorou, batalhei, mas conquistei a profissão que sonhei pra a minha vida”, afirmou.
A conquista do espaço feminino na Polícia Civil tem crescido a cada concurso e, para Janaína, isso se deve ao fato da mudança de pensamento das mulheres porque antigamente a carreira policial era uma atividade estritamente masculina. “Hoje percebemos a busca das mulheres em ingressar nas carreiras ocupadas exclusivamente por homens, ela estuda, se especializa, passa no concurso e consegue a vaga. Há alguns anos você chegava a uma delegacia e só via homens, agora o cenário é diferente e espero que continue assim para, quem sabe um dia, chegar a ser igual”, disse a investigadora.
A policial serve de exemplo às demais mulheres, ela não desistiu do seu sonho é a primeira e única piloto mulher do NOA e da Polícia Civil no Brasil. “Foi muito difícil e espero que cada vez mais surjam oportunidades para outras mulheres se tornarem pilotos, e que o meu caso seja um meio de abrir portas para que isso não seja tão diferente, mas se torne comum, algo normal”, ponderou Janaína.
A investigadora ainda reforça e deixa um recado a todas as mulheres nesse Dia Internacional da Mulher. “Quero que cada mulher não desista de seus sonhos, que corra atrás da profissão que almeja para a sua vida, barreiras e empecilhos estão no meio do caminho, mas não desistam, se você galgar, estudar, se profissionalizar o seu momento chegará”, finalizou.