Após mudar secretário, governo troca chefia da Polícia Civil na tentativa de conter violência.

A mudança no comando da Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), com o procurador de Justiça Rômulo Ferraz substituindo o deputado Lafayette Andrada, é parte das ações do governo para reverter a crise instaurada na segurança pública de Minas Gerais. Uma onda de violência, comprovada por estatísticas crescentes da criminalidade em 2011, na comparação com o ano anterior, desafia as forças policiais e assusta a população. O novo secretário tomou posse na última segunda-feira e sexta-feira foi anunciada a troca da chefia da Polícia Civil. Na dança das cadeiras entre delegados, Jairo Léllis será substituído por Cylton Brandão da Matta, que ocupava o posto de corregedor.
 
A nova cúpula da Defesa Social terá muito trabalho pela frente. Nos últimos dias, uma série de assaltos a joalherias e caixas eletrônicos, sobretudo na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), mobilizou a polícia, que não descarta o envolvimento de bandidos de Estados vizinhos. Outra meta será reduzir os índices de crimes violentos, que incluem homicídios e tentativas, latrocínios (matar para roubar), estupros e roubos. Após cinco anos em queda, os números voltaram a crescer em 2011. Foram registrados 277,78 casos por grupo de 100 mil mineiros, contra 250,52 em 2010. Na RMBH, o aumento foi de 14,5% e na capital, de 11,4%.
 
Na comparação das estatísticas de assassinatos, a elevação foi de 16,33% em Minas (de 3.201 óbitos, em 2010, para 3.754, em 2011) e de 21,9% em BH (de 641 para 782). Em apenas sete dos 29 municípios mineiros com mais de 100 mil habitantes houve redução das mortes. As ocorrências policiais relacionadas ao tráfico de drogas também aumentaram, passando de 43.641 para 51.192.

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